[ENTREVISTA] A importância do Fonoaudiólogo no Tratamento oncológico
O Oncoguia conversou com Juliana Portas, Fonoaudiologia, Especialista em Voz e Motricidade Oral em Oncologia, do Grupo de Apoio Oncológico (GAO).
Instituto Oncoguia - De que forma o fonoaudiólogo pode ajudar durante o tratamento com câncer? Em quais tratamentos esse profissional é indicado?
Juliana Portas - O fonoaudiólogo é o profissional responsável pela comunicação, tanto a fala quanto a audição, e pela deglutição (ato de engolir líquidos e alimentos). Durante todo o processo oncológico, antes, durante e após o tratamento alguns pacientes podem apresentar alterações em qualquer destas funções. Compete ao fonoaudiólogo especialista saber avaliar, diagnosticar e identificar o momento de intervenção para o auxílio desses pacientes. Muitas vezes é necessário realizar uma avaliação antes do tratamento oncológico, seja ele por radioterapia, quimioterapia ou cirurgia.
Instituto Oncoguia - Durante o tratamento de quais tipos de câncer, o paciente poderá procurar o auxílio do fonoaudiólogo?
Juliana Portas - As alterações de comunicação e de deglutição podem se manifestar em diversos tipos de câncer, os mais comuns são aqueles que se localizam na região da cabeça e do pescoço e no sistema nervoso central, por exemplo, cérebro. Alguns tipos de linfomas, tumores de pulmão e de mama são menos comuns, porém, podem acarretar alterações dessas funções. Lembrando que não apenas o tipo de câncer interfere na comunicação ou deglutição, também as diferentes formas de tratamento podem provocar essas alterações.
Por outro lado a presença de sonda de alimentação e de traqueostomia podem dificultar a deglutição do paciente. Desta forma, independente da localização do câncer, o paciente pode sentir dificuldade na fala ou na deglutição, pois estas são funções que dependem diretamente do bem estar físico, emocional e psíquico do indivíduo.
Instituto Oncoguia - As alterações de fala, voz e de deglutição (passagem do alimento da boca ao estômago) podem ocorrer por diversas causas, de que maneira o profissional pode ajudar nesse sentido?
Juliana Portas - As alterações de fala e voz mais comuns são: dificuldade em emitir o som de algumas letras, de articular bem as palavras, rouquidão, voz fraca, muito fina ou grossa, esforço, cansaço ao falar e dificuldade para ser entendido pelos outros. Já na alimentação encontramos diversas manifestações como dificuldade de ingerir líquidos ou sólidos, tosses e engasgos freqüentes, falta de ar ao se alimentar, saída de líquidos pelo nariz entre outras. O papel do fonoaudiólogo é reabilitar, ou readaptar as funções alteradas, facilitando o dia a dia do paciente oncológico. Entretanto, há algumas manifestações silenciosas que não causam desconforto ao paciente durante a alimentação, estas, mesmo que imperceptíveis podem trazer vários riscos a saúde, dificultar o diagnóstico e retardar a procura por tratamento adequado. Nestes casos o fonoaudiólogo deve avaliar o paciente e se necessário indicar a realização de exames complementares que auxiliarão no correto diagnóstico.
Instituto Oncoguia - Quais são os principais objetivos do tratamento com o fonoaudiólogo?
Juliana Portas - Restabelecer a comunicação e a alimentação do paciente da forma mais rápida e segura, reinseri-lo na sociedade como comunicador e adaptado às situações de alimentação promovendo bem-estar físico, emocional, social e profissional melhorando, assim, sua qualidade de vida
Instituto Oncoguia - Quando o paciente deve procurar um fonoaudiólogo?
Juliana Portas - Sempre que sentir dificuldade em sua comunicação, seja na voz ou na fala ou audição. Sempre que apresentar engasgos ou qualquer dificuldade na deglutição dos líquidos e alimentos. Se precisar de avaliação videofluoroscópica ou videoendoscópica da deglutição. Se estiver em uso de sondas para alimentação e de traqueostomia, o paciente deve conversar com seu médico para realizar uma avaliação fonoaudiológica.
Instituto Oncoguia - Quais são os efeitos que a cirurgia pode ocasionar ao paciente? E a radioterapia?
Juliana Portas - Os efeitos na comunicação e na deglutição podem variar conforme a localização do câncer, sua extensão e o tipo de tratamento realizado. Em linhas gerais, as cirurgias na região de cabeça e pescoço podem comprometer a integridade dos órgãos da fala e da deglutição como lábios, língua, laringe e palato, desta forma, prejudicar sua função correta. A radioterapia associada ou não a quimioterapia pode trazer edema local, rigidez de musculatura, alteração da sensibilidade entre outras sequelas, que ocasionarão alterações na fala e na deglutição do paciente.
Instituto Oncoguia - Conte-nos a respeito do trabalho do GAO?
Juliana Portas - O Grupo de Apoio Oncológico (GAO) foi fundado em 2008 por profissionais mestres e doutores da área da saúde especializados em oncologia, que atuam na área clínica e acadêmica com enfoque em prevenção, suporte e reabilitação do paciente oncológico.
O grupo atua de forma interdisciplinar, nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, odontologia e psicologia. Oferece atendimento diferenciado aos pacientes e conta com a integração entre as especialidades, desta forma oferece um suporte completo ao paciente oncológico e aos seus familiares.
Instituto Oncoguia - De que forma o fonoaudiólogo pode ajudar durante o tratamento com câncer? Em quais tratamentos esse profissional é indicado?
Juliana Portas - O fonoaudiólogo é o profissional responsável pela comunicação, tanto a fala quanto a audição, e pela deglutição (ato de engolir líquidos e alimentos). Durante todo o processo oncológico, antes, durante e após o tratamento alguns pacientes podem apresentar alterações em qualquer destas funções. Compete ao fonoaudiólogo especialista saber avaliar, diagnosticar e identificar o momento de intervenção para o auxílio desses pacientes. Muitas vezes é necessário realizar uma avaliação antes do tratamento oncológico, seja ele por radioterapia, quimioterapia ou cirurgia.
Instituto Oncoguia - Durante o tratamento de quais tipos de câncer, o paciente poderá procurar o auxílio do fonoaudiólogo?
Juliana Portas - As alterações de comunicação e de deglutição podem se manifestar em diversos tipos de câncer, os mais comuns são aqueles que se localizam na região da cabeça e do pescoço e no sistema nervoso central, por exemplo, cérebro. Alguns tipos de linfomas, tumores de pulmão e de mama são menos comuns, porém, podem acarretar alterações dessas funções. Lembrando que não apenas o tipo de câncer interfere na comunicação ou deglutição, também as diferentes formas de tratamento podem provocar essas alterações.
Por outro lado a presença de sonda de alimentação e de traqueostomia podem dificultar a deglutição do paciente. Desta forma, independente da localização do câncer, o paciente pode sentir dificuldade na fala ou na deglutição, pois estas são funções que dependem diretamente do bem estar físico, emocional e psíquico do indivíduo.
Instituto Oncoguia - As alterações de fala, voz e de deglutição (passagem do alimento da boca ao estômago) podem ocorrer por diversas causas, de que maneira o profissional pode ajudar nesse sentido?
Juliana Portas - As alterações de fala e voz mais comuns são: dificuldade em emitir o som de algumas letras, de articular bem as palavras, rouquidão, voz fraca, muito fina ou grossa, esforço, cansaço ao falar e dificuldade para ser entendido pelos outros. Já na alimentação encontramos diversas manifestações como dificuldade de ingerir líquidos ou sólidos, tosses e engasgos freqüentes, falta de ar ao se alimentar, saída de líquidos pelo nariz entre outras. O papel do fonoaudiólogo é reabilitar, ou readaptar as funções alteradas, facilitando o dia a dia do paciente oncológico. Entretanto, há algumas manifestações silenciosas que não causam desconforto ao paciente durante a alimentação, estas, mesmo que imperceptíveis podem trazer vários riscos a saúde, dificultar o diagnóstico e retardar a procura por tratamento adequado. Nestes casos o fonoaudiólogo deve avaliar o paciente e se necessário indicar a realização de exames complementares que auxiliarão no correto diagnóstico.
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