[ENTREVISTA] Dentista - Um suporte fundamental
O Oncoguia conversa com o Dr. Marcos Martins Curi, Especialista em Cirurgia Buço-Maxilo-Facial e Estomatologia, Mestre e Doutor em Oncologia. Responsável pelo Serviço de Estomatologia da Oncologia do Hospital Santa Catarina.
Instituto Oncoguia - Como o tratamento oncológico pode afetar a boca?
Marcos Curi - Quando falamos em tratamento oncológico e complicações bucais, devemos lembrar que a quimioterapia, radioterapia e cirurgia de tumores de cabeça e pescoço podem apresentar esses efeitos colaterais na boca, durante e após essas terapias. Vale ressaltar que todas essas complicações bucais podem ser evitadas e tratadas de maneira adequada.
Instituto Oncoguia - Quais sãos as principais alterações que surgem na boca durante o tratamento oncológico?
Marcos Curi - Para facilitar a compreensão, devemos separar as principais complicações bucais relacionadas com a quimioterapia e radioterapia:
Quimioterapia – Mucosite, Xerostomia (boca seca), Infecções oportunistas (candidíase, herpes, etc.), Infecções Odontológicas (abscessos dentários) e Osteonecrose (pacientes que usam bisfosfonatos "Zometa” e "Aredia”).
Radioterapia – Mucosite (durante o tratamento), Xerostomia, Cárie de Radiação (meses ou anos após o fim da radioterapia), Osteorradionecrose e Trismo (dificuldade de abertura bucal).
Instituto Oncoguia - Como estas alterações podem ser evitadas ou amenizadas?
Marcos Curi - A maioria dessas complicações bucais pode ser evitadas por meio de uma consulta com o estomatologista (dentista especializado em doenças de boca) que realizará condutas oportunas e orientações ao paciente antes de realizar a quimioterapia ou radioterapia. Vale a pena repetir, os pacientes devem realizar essa consulta antes de iniciar o tratamento oncológico.
Instituto Oncoguia - Fale-nos sobre a laserterapia? A laserterapia pode evitar ou minimizar essas alterações? Como?
Marcos Curi - O laser de baixa intensidade para a prevenção e o tratamento das complicações bucais advindas da quimioterapia e radioterapia é amplamente usada principalmente para a Mucosite, complicação muito freqüente em pacientes submetidos a radioterapia de cabeça e pescoço e quimiterapia de vários tumores. O laser pode prevenir e amenizar os efeitos da mucosite (como, dor na boca, dificuldade de alimentação e deglutição, dificuldade de fala, etc.) quando aplicado corretamente e de maneira adequada. No entanto, não é apenas o laser que minimiza ou melhora os efeitos da mucosite mas sim em conjunto com outros cuidados bucais específicos.
Instituto Oncoguia - Para que tipos de caso a laserterapia é indicada? Como ela funciona?
Marcos Curi - Como falado anteriormente, a principal utilização do laser de baixa intensidade é na prevenção e tratamento da Mucosite (tanto da radioterapia como da quimioterapia). O laser tbém pode ser usado para outras complicações bucais mas o uso mais freqüente é para a Mucosite pois ele funciona amenizando a dor bucal, acelerando a cicatrização das feridas da boca e consequentemente melhorando a qualidade de vida dos pacientes em tratamento oncológico.
Instituto Oncoguia - Por que o paciente deve consultar o seu dentista antes de iniciar o tratamento oncológico?
Marcos Curi - É compreensível que o momento de diagnóstico e início de tratamento do paciente com câncer, esse momento seja bastante conturbado do ponto de vista da ansiedade do mesmo e seus familiares. Às vezes, fica difícil compreender a necessidade de uma consulta com o dentista (estomatologista) nesse momento, mas essa é uma medida que pode prevenir muitas dessas complicações bucais.
Instituto Oncoguia - Quais sãos os principais cuidados que se deve ter com a boca antes e durante o tratamento oncológico? O que deve ser evitado?
Marcos Curi - De uma forma geral, a orientação básica e bastante importante para todos pacientes que realizarão tratamento oncológico é manter uma ótima hiegiene oral com escova e fio dental, remoção de próteses mal-adaptadas, uso de antisépticos bucais sem álcool, evitar bebidas alcoólicas, hidratar-se muito bem e realizar uma alimentação adequada, evitando principalmente alimentos codimentados e picantes.
Instituto Oncoguia - Hoje em dia, há alguma outra informação relevante e que o paciente em tratamento de câncer não pode deixar de saber?
Marcos Curi - Recentemente identificou-se uma nova complicação bucal em pacientes portadores de mieloma múltiplo, câncer de mama e próstata com metástase óssea, e que fazem uso de uma medicação denominada bisfosfonatos (nome comercial Zometa ou Aredia). Essa complicação bucal é a osteonecrose e que também pode ser evitada por meio de orientação odontológica prévia ao tratamento. Portanto, todos os pacientes que usam ou vão iniciar o tratamento com os bisfosfonatos devem ser informados pelos oncologistas clínicos ou dentistas sobre os riscos dessa complicação.
Instituto Oncoguia - Como o tratamento oncológico pode afetar a boca?
Marcos Curi - Quando falamos em tratamento oncológico e complicações bucais, devemos lembrar que a quimioterapia, radioterapia e cirurgia de tumores de cabeça e pescoço podem apresentar esses efeitos colaterais na boca, durante e após essas terapias. Vale ressaltar que todas essas complicações bucais podem ser evitadas e tratadas de maneira adequada.
Instituto Oncoguia - Quais sãos as principais alterações que surgem na boca durante o tratamento oncológico?
Marcos Curi - Para facilitar a compreensão, devemos separar as principais complicações bucais relacionadas com a quimioterapia e radioterapia:
Quimioterapia – Mucosite, Xerostomia (boca seca), Infecções oportunistas (candidíase, herpes, etc.), Infecções Odontológicas (abscessos dentários) e Osteonecrose (pacientes que usam bisfosfonatos "Zometa” e "Aredia”).
Radioterapia – Mucosite (durante o tratamento), Xerostomia, Cárie de Radiação (meses ou anos após o fim da radioterapia), Osteorradionecrose e Trismo (dificuldade de abertura bucal).
Instituto Oncoguia - Como estas alterações podem ser evitadas ou amenizadas?
Marcos Curi - A maioria dessas complicações bucais pode ser evitadas por meio de uma consulta com o estomatologista (dentista especializado em doenças de boca) que realizará condutas oportunas e orientações ao paciente antes de realizar a quimioterapia ou radioterapia. Vale a pena repetir, os pacientes devem realizar essa consulta antes de iniciar o tratamento oncológico.
Instituto Oncoguia - Fale-nos sobre a laserterapia? A laserterapia pode evitar ou minimizar essas alterações? Como?
Marcos Curi - O laser de baixa intensidade para a prevenção e o tratamento das complicações bucais advindas da quimioterapia e radioterapia é amplamente usada principalmente para a Mucosite, complicação muito freqüente em pacientes submetidos a radioterapia de cabeça e pescoço e quimiterapia de vários tumores. O laser pode prevenir e amenizar os efeitos da mucosite (como, dor na boca, dificuldade de alimentação e deglutição, dificuldade de fala, etc.) quando aplicado corretamente e de maneira adequada. No entanto, não é apenas o laser que minimiza ou melhora os efeitos da mucosite mas sim em conjunto com outros cuidados bucais específicos.
Instituto Oncoguia - Para que tipos de caso a laserterapia é indicada? Como ela funciona?
Marcos Curi - Como falado anteriormente, a principal utilização do laser de baixa intensidade é na prevenção e tratamento da Mucosite (tanto da radioterapia como da quimioterapia). O laser tbém pode ser usado para outras complicações bucais mas o uso mais freqüente é para a Mucosite pois ele funciona amenizando a dor bucal, acelerando a cicatrização das feridas da boca e consequentemente melhorando a qualidade de vida dos pacientes em tratamento oncológico.
Instituto Oncoguia - Por que o paciente deve consultar o seu dentista antes de iniciar o tratamento oncológico?
Marcos Curi - É compreensível que o momento de diagnóstico e início de tratamento do paciente com câncer, esse momento seja bastante conturbado do ponto de vista da ansiedade do mesmo e seus familiares. Às vezes, fica difícil compreender a necessidade de uma consulta com o dentista (estomatologista) nesse momento, mas essa é uma medida que pode prevenir muitas dessas complicações bucais.
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