[ENTREVISTA] Vacina HPV: Dra. Luísa Lina Villa fala sobre o protocolo adotado pelo Brasil
O Instituto Oncoguia conversou com a coordenadora do Instituto do HPV e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Dra. Luísa Lina Villa, sobre o método de aplicação escolhido pelo Ministério da Saúde para a Campanha Nacional de Vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV).
O chamado ‘esquema estendido’ (0 – 6 meses – 60 meses) gerou polêmica, já que diverge do convencional (0 – 2 meses – 6 meses) utilizado pela maioria dos países. A pesquisadora aponta que essa foi uma decisão política, em razão de custos, com vistas a ampliar o número de meninas a serem vacinadas. Mas afirma que há dados concretos apontando que ambos esquemas geram resposta imune similar.
Confira.
Instituto Oncoguia - Fale sobre o Protocolo adotado pelo Ministério da Saúde, o ‘0 – 6 meses – 60 meses. Há estudos sobre este esquema estendido?
Dra. Luísa Lina Villa - Este é um assunto que extrapola as pessoas da sociedade, pois é uma decisão de governo, política, para ampliar o número de meninas a serem vacinadas. A decisão se baseia em alguns estudos de resposta imune. O protocolo escolhido é o ‘0 - 6 meses, 60 meses’ (intervalo de 6 meses da primeira para a segunda dose, e de 60 meses para a terceira), que diverge do protocolo padrão, que está em bula, o ‘0 – 2 meses – 6 meses’ (intervalo de 2 meses da primeira para a segunda dose, e de 6 meses para a terceira).
Instituto Oncoguia - Outros países aplicam esse esquema?
Dra. Luísa Lina Villa - Esse esquema foi aplicado pela primeira vez no México, e outros países como a Suíça, Peru e algumas províncias do Canadá estão considerando a sua utilização. Foi o Canadá, justamente, que gerou alguns resultados de resposta imune – apontando que ambos esquemas geram respostas imunes semelhantes.
Instituto Oncoguia: E esses dados de resposta imune são relativos a mulheres de quaisquer faixas etárias?
Dra. Luísa Lina Villa - Não. É importante sublinhar que são resultados apontados apenas para meninas até 15, 16 anos.
Instituto Oncoguia - E para as meninas, mulheres de maiores faixas etárias, a vacina é recomendada? É eficiente?
Dra. Luísa Lina Villa - Nas faixas etárias de maior idade continua-se recomendando o esquema 0-2-6 meses. É importante que saibam, que mesmo não sendo alvo do Programa Nacional de Imunizações, a vacina é benéfica para elas. A quem já se expôs ao HPV, o benefício é menor, mas existe.
Instituto Oncoguia - E já há dados comprovando a eficácia desse esquema para a prevenção de doenças causadas pelo HPV?
Dra. Luísa Lina Villa - Não há dados comprovando a eficácia, a efetividade desse esquema, ou seja, que vai prevenir infecções e lesões no colo do útero à semelhança do esquema padrão. Isso não quer dizer que não vai funcionar, mas somente que o Brasil está propondo um esquema com base apenas em respostas imunes equivalentes.
O chamado ‘esquema estendido’ (0 – 6 meses – 60 meses) gerou polêmica, já que diverge do convencional (0 – 2 meses – 6 meses) utilizado pela maioria dos países. A pesquisadora aponta que essa foi uma decisão política, em razão de custos, com vistas a ampliar o número de meninas a serem vacinadas. Mas afirma que há dados concretos apontando que ambos esquemas geram resposta imune similar.
Confira.
Instituto Oncoguia - Fale sobre o Protocolo adotado pelo Ministério da Saúde, o ‘0 – 6 meses – 60 meses. Há estudos sobre este esquema estendido?
Dra. Luísa Lina Villa - Este é um assunto que extrapola as pessoas da sociedade, pois é uma decisão de governo, política, para ampliar o número de meninas a serem vacinadas. A decisão se baseia em alguns estudos de resposta imune. O protocolo escolhido é o ‘0 - 6 meses, 60 meses’ (intervalo de 6 meses da primeira para a segunda dose, e de 60 meses para a terceira), que diverge do protocolo padrão, que está em bula, o ‘0 – 2 meses – 6 meses’ (intervalo de 2 meses da primeira para a segunda dose, e de 6 meses para a terceira).
Instituto Oncoguia - Outros países aplicam esse esquema?
Dra. Luísa Lina Villa - Esse esquema foi aplicado pela primeira vez no México, e outros países como a Suíça, Peru e algumas províncias do Canadá estão considerando a sua utilização. Foi o Canadá, justamente, que gerou alguns resultados de resposta imune – apontando que ambos esquemas geram respostas imunes semelhantes.
Instituto Oncoguia: E esses dados de resposta imune são relativos a mulheres de quaisquer faixas etárias?
Dra. Luísa Lina Villa - Não. É importante sublinhar que são resultados apontados apenas para meninas até 15, 16 anos.
Instituto Oncoguia - E para as meninas, mulheres de maiores faixas etárias, a vacina é recomendada? É eficiente?
Dra. Luísa Lina Villa - Nas faixas etárias de maior idade continua-se recomendando o esquema 0-2-6 meses. É importante que saibam, que mesmo não sendo alvo do Programa Nacional de Imunizações, a vacina é benéfica para elas. A quem já se expôs ao HPV, o benefício é menor, mas existe.
Instituto Oncoguia - E já há dados comprovando a eficácia desse esquema para a prevenção de doenças causadas pelo HPV?
Dra. Luísa Lina Villa - Não há dados comprovando a eficácia, a efetividade desse esquema, ou seja, que vai prevenir infecções e lesões no colo do útero à semelhança do esquema padrão. Isso não quer dizer que não vai funcionar, mas somente que o Brasil está propondo um esquema com base apenas em respostas imunes equivalentes.
- Conitec abre consulta pública para o rastreamento de CCU
- ANS analisa inclusão para câncer de próstata
- Medicamento Asciminibe para LMC é incluído no plano de saúde
- Oncoguia participa em CP sobre novas embalagens de cigarros
- Conitec não inclui medicamento para câncer de mama
- Conitec inclui medicamento de CA de ovário e tireóide no SUS
- ANS analisa inclusões para cânceres hematológicos
- Oncoguia solicita manutenção de isenção de ICMS para oncologia
- Conitec abre CP para pacientes com LMC e câncer de ovário
- Oncoguia contribui em CP sobre câncer de pulmão e LMC na ANS
- Conitec não inclui medicamentos para ca de cabeça e pescoço
- Oncoguia faz reunião com Ministro e participa do Consinca
- ANS analisa inclusões para ca de pulmão e hematológicos
- Oncoguia questiona MS sobre andamento do grupo de trabalho de CCR
- Oncoguia pede programa de rastreamento de colorretal no SUS
- Enviamos ofício conjunto ao MS pedindo atualizações de PCDTs
- Oncoguia contribui para nova edição da Declaração TJCC
- Conitec inclui novo medicamento para próstata no SUS
- Oncoguia contribui em Protocolo de câncer colorretal do SUS
- Oncoguia contribui em CP de câncer de cabeça e pescoço e tireoide
- Conitec abre CP para pacientes de mama HER2-positivo
- Conitec incorpora a abiraterona para Câncer de Próstata
- Projeto de Lei inspirado em pesquisa do Oncoguia é sancionado
- Conitec abre consulta pública para síndrome mielodisplásica
- Contribuição Oncoguia na CP sobre tratamento do câncer de ovário
- Oncoguia contribui em CP de medicamentos para próstata no SUS
- Oncoguia contribui em consulta pública de LLC e linfoma na ANS
- Conitec abre consulta pública para câncer infantil
- Oncoguia pede urgência na regulamentação da nova Política Nacional de Câncer
- Conitec abre CP de diretrizes para o tratamento de CCR no SUS
- Conitec abre CP para câncer de cabeça e pescoço e tireoide
- Novas opções de tratamento são incluídas nos planos de saúde
- Conitec abre CP para câncer de próstata
- Publicada a Política Nacional de Cuidados Paliativos
- Presidente do Oncoguia recebe prêmio Maria Antonieta Regal Dutra por seu trabalho em prol de pacientes com câncer
- ANS abre CP para analisar o mesmo medicamento para LLC e LLPC
- Conitec abre CP de diretrizes para o tratamento de mieloma
- Conitec abre CP para câncer de ovário
- Conitec inclui novos tratamentos para câncer de pulmão
- ANS inclui novos tratamentos para CA de pulmão e próstata
- Conitec abre CP para leucemia e linfoma folicular
- ANS abre CP sobre tratamento do câncer de mama e LMC
- Conitec abre CP para protocolo de uso de terapia fotodinâmica
- Oncoguia contribui em consulta para tratamento de câncer de mama
- Campanha de multivacinação nas escolas públicas teve solicitação de deputada
- Mesa redonda debate desafios e conquistas da saúde da mulher brasileira
- Conitec inclui novos procedimentos e medicamento no SUS
- Oncoguia contribui em CP da ANS sobre câncer de pulmão e de próstata
- ANS abre CP sobre tratamento do câncer de pulmão e de próstata
- Conitec abre CP de diretrizes para o tratamento de câncer de mama
- Conitec abre CP para o tratamento do câncer de pulmão no SUS
- Ministério apresenta status atual para oferta de medicamentos oncológicos em atraso
- Oncoguia é convidado no 22° Encontro da Associação Brasileira de Registros de Câncer
- Câncer de Pulmão: Oncoguia integra debate no Fórum DCNTs 2023
- Oncoguia debate a participação de pacientes na Semana Brasileira de Oncologia
- Oncoguia solicita prioridade no tratamento de câncer de mama
- Oncoguia acompanha atraso de medicamentos oncológicos no SUS
- Organizações pedem revisão de veto ao PL de combate ao HPV
- ANS inclui medicamentos para câncer de endométrio e melanoma
- Sessão solene marca abertura do Outubro Rosa no Congresso
- Oncoguia participa de audiência pública do CECANCER
- ANS analisa tratamentos para câncer de mama e mieloma múltiplo
- Oncoguia passa a integrar Conselho Consultivo do INCA
- Oncoguia contribui em consulta pública sobre câncer colorretal
- 6ª edição do Coletivo Pink celebra mulheres que transformam o viver com o câncer de mama
- Oncoguia marca presença em audiência pública sobre a incorporação de medicamentos para o câncer de mama no SUS
- Oncoguia participa de debates importantes no 10º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer
- São Paulo aprova lei de transparência nas filas do SUS
- Dados de qualidade de vida são tema do 11º Congresso Internacional Oncoclínicas e Dana-Farber Cancer Institute
- BlockchainRio Festival e lançamento da NFTeta Outubro Rosa
- Instituto Cabem Mais Vidas é lançado durante Simpósio
- Oncoguia discute oncologia em nível continental no 2º Simpósio Oncolatino e TJCC México 2023
- Conferência de Lideranças Femininas FEMAMA debate sobre a participação social
- Conitec abre CP para o tratamento do câncer de pulmão no SUS
- Medicamentos oncológicos aguardam medidas do Ministério
- AP debate prazo de atendimento oncológico na Saúde Suplementar
- Decisão sobre congelamento de óvulos de paciente oncológica
- Oncoguia contribui em duas CPs da Conitec para Mieloma
- Oncoguia contribui em consulta pública sobre o Alectinibe
- Deputada pede providências sobre Trastuzumabe Entansina ao MS
- Contribuição Oncoguia na Consulta Pública sobre Rituximabe
- 17° Conferência Nacional de Saúde tem propostas aprovadas sobre câncer
- Aprovado na Câmara PL da Política Nacional Oncológica
- ANS analisa tratamentos para melanoma e ca de endométrio
- PL cria Banco de informação sobre pesquisa clínica do câncer
- Resultados do PPA Participativo na saúde
- Oncoguia reforça posição da SBOC sobre uso de Talazoparibe
- Oncoguia envia ofício conjunto com outras ONGs sobre PL 2952
- Aprovada urgência de votação do PL da Política Oncológica
- Oncoguia contribui em consulta da Conitec sobre LMC
- Conitec abre Consulta Pública para o tratamento de mieloma múltiplo
- Conitec abre Consulta Pública para o tratamento de Câncer de Pulmão
- FAQ - Fita de Girassóis
- Rituximabe é incorporado ao SUS para tratamento de LLC
- Sancionada Lei sobre uso de fita com girassóis para deficiências ocultas
- Evento reuniu especialistas e ONGs para debater o atual cenário do câncer de rim no Brasil
- ANS inclui medicamentos de ovário, próstata e tireóide
- Aberta CP para inclusão de medicamento de CA de mama na ANS
- Oncoguia envia proposta no PPA participativo
- Oncoguia contribui com protocolo de câncer de mama do DF