Estadiamento do câncer de sítio primário desconhecido
O estadiamento descreve algumas características do câncer, principalmente a localização, se se disseminou além do órgão original e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico do paciente.
O sistema de estadiamento utilizado para a maioria dos tipos de câncer é o sistema TNM, elaborado pela Comitê Conjunto Americano de Estadiamento de Câncer (American Joint Committee on Cancer), que utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer:
- T. Indica o tamanho do tumor primário.
- N. Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos próximos.
- M. Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.
Números ou letras podem acompanhar a classificação T, N e M, e fornecem mais detalhes sobre cada um desses fatores. Números mais altos significam que a doença está mais avançada. Depois que as categorias T, N e M são determinadas, essas informações são combinadas em um processo denominado estadiamento geral.
A maioria dos cânceres tem estágios que variam de 1 a 4, onde o estágio 4 significa que a doença está mais avançada.
Para diferentes tipos de câncer, o sistema de estadiamento também pode ser diferente, levando em conta as características específicas do câncer a depender do seu órgão de origem. Por isso, para determinar o estágio do câncer, primeiro é preciso saber onde ele se iniciou.
No caso do câncer de sítio primário desconhecido, como não se sabe onde o câncer começou, é difícil estadiar com precisão. No entanto, para ser considerado um câncer de sítio primário desconhecido, a doença precisa já ter se disseminado além do órgão original. Portanto, todos os cânceres de sítio primário desconhecido estão pelo menos no estágio 2, mas a maioria é diagnosticada já no estágio 3 ou 4.
O sistema mais recente de estadiamento do comitê americano, em vigor desde janeiro de 2018, prevê o seu uso para o diagnóstico de tumores encontrados nos linfonodos cervicais, ou seja, gânglios linfáticos presentes na região do pescoço. Quando isso acontece, é considerado um câncer de origem desconhecida. No entanto, acredita-se que que a maioria desses cânceres começa na região da cabeça e pescoço, portanto eles são tratados como tal.
Mesmo que o estágio exato não possa ser determinado, ainda é possível fazer algumas previsões sobre o prognóstico com base em quais órgãos estão afetados pela doença. Por exemplo, se o câncer é encontrado apenas nos linfonodos de uma área ou em um único órgão, o prognóstico tende a ser melhor do que se a doença já se disseminou para vários órgãos. É claro que outros fatores, como a forma que as células cancerígenas respondem ao tratamento e o estado geral de saúde do paciente também tem um papel importante.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Estadiamento do Câncer.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 09/03/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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