Exames de imagem para linfoma não Hodgkin em crianças

Os principais exames utilizados para o diagnóstico ou estadiamento do linfoma não Hodgkin são:

  • Radiografia de tórax

Este exame é realizado para verificar a presença de linfonodos aumentados nesta região. Mas provavelmente não será necessário se uma tomografia computadorizada de tórax for feita.

  • Tomografia computadorizada

A tomografia computadorizada é um exame de diagnóstico por imagem que utiliza a radiação X para visualizar pequenas fatias de regiões do corpo, por meio da rotação de um tubo emissor de raios X ao redor do paciente. O equipamento possui uma mesa de exames onde o paciente fica deitado para a realização do exame. Esta mesa desliza para o interior do equipamento, que é aberto, não gerando a sensação de claustrofobia.

Alguns exames de tomografia são realizados em duas etapas: sem e com contraste. A administração intravenosa do contraste é realizada quando se deseja observar mais claramente certos detalhes, tornando o diagnóstico mais preciso.

Muitas vezes, a tomografia é utilizada para guiar com precisão o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de ter uma lesão cancerígena.

  • Ultrassom

Ao contrário da maioria dos exames de diagnóstico por imagem, a ultrassonografia é uma técnica que não emprega radiação ionizante para a formação da imagem. Ela utiliza ondas sonoras de frequência acima do limite audível para o ser humano, que produzem imagens em tempo real de órgãos, tecidos e fluxo sanguíneo do corpo.

O ultrassom pode ajudar a avaliar os linfonodos próximos à superfície do corpo, os gânglios linfáticos aumentados no abdome, ou órgãos como o fígado e o baço. Também pode mostrar se os rins estão aumentados e se o fluxo de urina está obstruído pelo aumento dos linfonodos.

Muitas vezes, o ultrassom é usado para guiar o posicionamento de uma agulha de biópsia em um linfonodo aumentado.

  • Ressonância magnética

A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem que utiliza ondas eletromagnéticas. Para a realização do exame pode ser administrado um contraste por via intravenosa antes do exame, para a obtenção de imagens mais nítidas e com maiores detalhes do corpo.

  • Tomografia por emissão de pósitrons (PET)

A tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) mede variações nos processos bioquímicos, quando alterados por uma doença, e que ocorrem antes que os sinais visíveis estejam presentes em imagens de tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O PETscan é uma combinação de medicina nuclear e análise bioquímica, que permite uma visualização da fisiologia humana por detecção eletrônica de radiofármacos emissores de pósitrons de meia-vida curta.

O PET scan podem ser realizado por muitos motivos em uma criança com linfoma:

  1. Pode ajudar a mostrar se um linfonodo aumentado é um linfoma.
  2. Para identificar se pequenas áreas do corpo contém o linfoma, mesmo que essa área pareça normal em uma tomografia computadorizada.
  3. Para saber se um linfoma está respondendo ao tratamento. Se a quimioterapia estiver respondendo, os linfonodos não absorverão a glicose.
  4. O PET scan pode também ser realizado ​​após o término do tratamento para ajudar a decidir se um linfonodo aumentado ainda contém linfoma ou é apenas tecido cicatricial

Muitos equipamentos permitem uma imagem de PET e tomografia computadorizada ou ressonância magnética simultaneamente, o que por sua vez, permite ao médico uma comparação das áreas com maior concentração de radioatividade no PET scan.

  • Cintilografia óssea

A cintilografia óssea mostra se a doença se disseminou para os ossos. Mas esse exame não é realizado com muita frequência a menos que a criança apresente dor óssea ou os resultados de exames laboratoriais sugerirem que o linfoma possa ter atingido os ossos.

Para a realização do exame, é administrado ao paciente uma pequena quantidade de material radioativo que após algumas horas é atraído pelo tecido ósseo com doença. Para registrar as áreas de captação do material radioativo, é utilizada uma câmera especial que detecta a radioatividade e cria uma imagem do esqueleto.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 10/08/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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