Exames de imagem para diagnóstico do neuroblastoma

Os principais exames utilizados para o diagnóstico ou estadiamento do neuroblastoma são:

  • Ultrassom

O ultrassom é muitas vezes um dos primeiros exames realizados em crianças pequenas se houver suspeita de um tumor ser rápido e ao contrário da maioria dos exames de diagnóstico por imagem, é uma técnica que não emprega radiação ionizante para a formação da imagem. Ela utiliza ondas sonoras de frequência acima do limite audível para o ser humano, que produzem imagens em tempo real de órgãos, tecidos e fluxo sanguíneo do corpo.

O ultrassom é realizado na maioria das vezes para avaliar massas no abdômen. As imagens do ultrassom não são tão detalhadas como as de alguns outros exames, por isso se for diagnosticado um tumor, pode ser necessária a realização de uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

  • Ressonância magnética

A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem, que utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens. Esse exame, além de permitir uma avaliação dos órgãos internos, sem a utilização de raios X, também proporciona uma visão mais abrangente da região examinada.  

A ressonância magnética é útil para avaliar o sistema nervoso, podendo ser um pouco melhor do que a tomografia computadorizada na avaliação da extensão da doença, especialmente em torno da coluna vertebral, embora seja um exame mais difícil de realizar em crianças.

  • Tomografia computadorizada

A tomografia computadorizada é uma técnica de diagnóstico por imagens que utiliza a radiação X para visualizar pequenas fatias de regiões do corpo, por meio da rotação do tubo emissor de raios X ao redor do paciente. O equipamento possui uma mesa de exames onde o paciente fica deitado para a realização do exame. Essa mesa desliza para o interior do equipamento, que é aberto, não gerando a sensação de claustrofobia.

As tomografias são frequentemente utilizadas ​​para o diagnóstico de neuroblastoma no abdômen, pelve e tórax.

Alguns exames de tomografia são realizados em duas etapas: sem e com contraste. A administração intravenosa do contraste é realizada quando se deseja observar mais claramente certos detalhes, tornando o diagnóstico mais preciso.

Muitas vezes a tomografia é utilizada para guiar com precisão o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de ter uma lesão cancerígena.

  • Cintilografia com MIBG

Este exame é realizado para verificar a extensão da disseminação da doença. Geralmente, é feito após a realização de uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Para a realização desse exame utiliza-se a substância MIBG (ligada ao I-131), que é injetada na veia. MIBG é semelhante à noradrenalina, um hormônio produzido pelas células dos nervos simpáticos. Cerca de algumas horas ou dias após a injeção, uma gama câmara detecta as áreas que captaram a radioatividade, que provavelmente correspondem a tumores.

Este exame é considerado um exame padrão, por muitos médicos, para crianças com neuroblastoma. Ele pode ser repetido no fim do tratamento para verificar se o mesmo foi eficaz. Em alguns casos, essa molécula radioativa pode ser utilizada em doses mais elevadas para tratar o neuroblastoma.

  • Cintilografia óssea

A cintilografia óssea consiste na injeção de uma pequena quantidade de material radioativo na veia do paciente, após algumas horas esse material é atraído pelo tecido ósseo com doença. Para registrar as áreas de captação do material radioativo é utilizada uma câmera especial, que detecta a radioatividade e cria uma imagem do esqueleto.

As áreas de dano ósseo aparecem como pontos escuros na imagem do esqueleto. Esses pontos podem sugerir a presença de câncer metastático. No entanto, outras doenças, como por exemplo, a artrite apresenta o mesmo padrão de imagem. Para diferenciar o resultado de outras enfermidades são solicitados exames adicionais de imagem, como radiografias simples, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

A injeção de material radioativo é a única parte desconfortável desse exame. O material radioativo é eliminado pela urina e a quantidade de radioatividade utilizada é baixa, não oferecendo risco para a criança ou para as pessoas próximas.

Esse exame só é realizado se o paciente apresenta dores ósseas ou tem resultados de exames de sangue que sugerem que a doença possa ter atingido os ossos.

  • Tomografia por emissão de pósitrons (PET scan)

A tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) mede variações nos processos bioquímicos, quando alterados por uma doença, e que ocorrem antes que os sinais visíveis da mesma estejam presentes em imagens de tomografia computadorizada e ressonância magnética. O PET scan é uma combinação de medicina nuclear e análise bioquímica, que permite uma visualização da fisiologia humana por detecção eletrônica de radiofármacos emissores de pósitrons de meia-vida curta.

Os radiofármacos, ou moléculas marcadas por um isótopo radioativo, são administrados ao paciente, por via venosa, antes da realização do exame. Como as células cancerígenas se reproduzem muito rapidamente, e consomem muita energia para se manterem em atividade, o exame aproveita essa propriedade. Moléculas de glicose, que são energia pura, são marcadas por um radioisótopo e injetadas nos pacientes. Como as células de tumores são ávidas por energia proveniente da glicose, esta vai concentrar-se nas células cancerígenas, onde o metabolismo celular é mais intenso. Alguns minutos depois da administração de glicose é possível fazer um mapeamento do organismo do paciente detectando ponto a ponto a concentração do radiofármaco no corpo.

O PET scan geralmente não é necessário se a cintilografia com MIBG já foi feita, mas pode ser útil para alguns neuroblastomas, especialmente se as células do neuroblastoma não absorvem MIBG.

  • Radiografia de tórax

A radiografia pode ser solicitada como um exame inicial, se uma criança apresenta sintomas e a causa não está clara. Mas as imagens não são suficientemente detalhadas. Se o neuroblastoma já foi diagnosticado, a radiografia pode ser útil para ver se existe disseminação da doença.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 28/04/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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