Exames de imagem para diagnóstico do sarcoma de Kaposi

Os principais exames utilizados para o diagnóstico ou estadiamento do Sarcoma de Kaposi são:

  • Radiografia de tórax

Os pulmões podem ser radiografados para verificar se o sarcoma de Kaposi está presente. Se o raios X mostrar algo anormal, outros exames podem ser necessários para confirmar o diagnóstico ou alguma outra condição.
 
Se um paciente já está em tratamento a radiografia de pulmão é realizada para avaliar a resposta da doença ao tratamento.

  • Broncoscopia

A broncoscopia permite que o médico visualize a traqueia e as grandes vias aéreas dos pulmões. Esse procedimento geralmente é feito se o paciente está apresentando sintomas, como falta de ar ou tosse com sangue, ou ainda se a radiografia de tórax mostrar algo anormal.
 
É um procedimento invasivo que utiliza o broncoscópio, um tubo flexível, com uma pequena câmera na extremidade. O médico insere o broncoscópio pelas vias aéreas (nariz ou boca) do paciente até chegar às vias aéreas. Se o médico vê uma área anormal, que possa ser sarcoma de Kaposi é feita a biópsia através do broncoscópio. Broncoscopia com biópsia podem também ser usadas para diagnosticar outros problemas pulmonares observados em pacientes com AIDS, como pneumonia.

  • Endoscopia gastrointestinal

Um ou mais dos exames abaixo podem ser realizados quando se suspeita que o sarcoma de Kaposi possa ser a causa dos sintomas no estômago ou intestinos.
 
Endoscopia digestiva alta. É realizada para visualizar o revestimento interno do esôfago, estômago e a primeira porção do intestino delgado. Durante esse exame, o paciente é sedado. Em seguida, o médico introduz o endoscópio, tubo fino flexível com luz e câmera na extremidade através da boca e do esôfago até o estômago ou intestino delgado. Isso permite a visualização de úlceras, infecções ou lesões provocadas pelo sarcoma de Kaposi. Se áreas anormais são encontradas, uma biópsia é realizada, por meio de instrumentos através do endoscópio. As amostras de tecido removidas são enviadas para análise anatomopatológica.
 
Colonoscopia. É realizada para examinar o interior do intestino grosso. Para realizar esse exame o cólon e o reto devem estar completamente vazios, o que significa fazer um preparo anterior ao procedimento. Pouco antes o paciente é sedado, em seguida, um colonoscópio, tubo longo e flexível, com uma luz e uma câmara de vídeo na extremidade, é inserido através do reto e cólon. Todas as áreas anormais visualizadas são biopsiadas.
 
Cápsula endoscópica. Esse exame  permite examinar o intestino delgado. Nesse procedimento, o paciente engole uma cápsula, contendo em seu interior uma microcâmera fotográfica, uma fonte de luz e um transmissor microscópico, que faz imagens de alta resolução de segmentos do tubo digestivo. Essas imagens são transmitidas eletronicamente a um dispositivo usado ao redor da cintura do paciente. A cápsula é impulsionada pelos movimentos peristálticos através do trato digestivo e eliminada naturalmente na defecação. Durante o trajeto da cápsula são feitas muitas imagens que serão montadas como um filme contínuo para depois serem analisadas. Esse exame não requer sedação e o paciente retorna às suas atividades diárias normais, enquanto a cápsula viaja através do trato gastrointestinal.
 
Enteroscopia com balão duplo. A enteroscopia com de balão duplo é outra maneira de examinar o intestino delgado. A endoscopia regular não pode chegar muito longe no intestino delgado devido à extensão do intestino e por ter muitas curvas. Este método contorna estes problemas usando um endoscópio especial que é composto por 2 tubos, um dentro do outro. O endoscópio é então inserido pela boca ou pelo ânus, dependendo se há uma parte específica do intestino delgado a ser examinada. Uma vez dentro do intestino delgado, o tubo interno, que tem uma câmera na extremidade, avança cerca de trinta centímetros enquanto o médico examina o revestimento do intestino. Em seguida, um balão em sua extremidade é inflado para ancorá-lo. O tubo externo é então empurrado para a frente até próximo do final do tubo interno e é ancorado no lugar com um segundo balão. Esse processo é repetido várias vezes, permitindo que o médico veja o intestino parte por parte. O médico pode eventualmente realizar uma biópsia se algo anormal for encontrado. Este procedimento é mais complicado do que a cápsula endoscópica (e pode levar horas para ser concluído), mas tem a vantagem de permitir que o médico faça uma biópsia de qualquer lesão observada.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 19/04/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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