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Exames experimentais para diagnóstico do câncer de mama

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Novos exames estão sendo desenvolvidos para uso no diagnóstico no câncer de mama. Alguns, como a tomossíntese mamária (mamografia 3D) já está em uso em alguns centros. Outros ainda estão em estágios iniciais da pesquisa e, portanto, são necessários mais estudos para comprovar sua eficácia em comparação aos exames atuais.

Conheça algumas técnicas modernas que podem estar disponíveis para você:

Ressonância magnética de mama abreviada. Esta é uma técnica mais recente realizada com um scanner de ressonância magnética de mama convencional. No entanto, no protocolo abreviado há a captura de imagens mais certeiras e em menor quantidade, o que acaba por diminuir o tempo e complexidade do exame. Isso também reduz os custos do procedimento, surgindo como uma alternativa para ampliar o acesso. Assim como na ressonância convencional, essa técnica está sendo avaliada para uso no rastreamento do câncer de mama, especialmente em mulheres com mamas densas.

Exames de medicina nuclear (imagem com radionuclídeos). Para esses exames, uma pequena quantidade de material radioativo (radiofármaco) é injetada no sangue, de onde tem mais probabilidade de se acumular em células cancerígenas. As imagens são captadas por uma câmera especial que visualiza o material radioativo na mama ou em outras partes do corpo.

Imagem molecular da mama. Também conhecida como como cintilografia ou imagem gama específica da mama, esse exame utiliza o radiofármaco Tecnécio sestamibi 99mTc e está sendo avaliado como uma forma de acompanhar alterações na mama ou para determinar a extensão da doença. Ele também está sendo estudado como um exame complementar à mamografia em mulheres com mamas densas. Uma desvantagem potencial desse exame é expor todo o corpo às radiações; portanto, é improvável que seja usado no rastreamento anual.

Mamografia por emissão de pósitrons (PEM). É um exame de imagem muito similar ao PET Scan, inclusive usa a glicose ligada a uma partícula radioativa que se conecta às células cancerígenas permitindo que sejam observadas pelo exame, assim como o PET. Outra semelhança é que o PEM scan também é capaz de diagnosticar pequenos grupos de células cancerígenas na mama. Atualmente, o uso do exame está sendo estudado em mulheres com câncer de mama para determinar a extensão da doença. A PEM expõe todo o corpo às radiações, por isso é improvável que seja um exame que possa ser indicado anualmente para o rastreamento do câncer de mama.

Mamografia com contraste (CEM). Também conhecida como mamografia espectral com contraste (CESM), é um exame recente no qual um contraste contendo iodo é injetado na veia alguns minutos antes da realização de duas séries de mamografias, permitindo a identificação de áreas anormais nas mamas. Esse exame pode ser usado para se obter uma melhor visão das anormalidades em uma mamografia convencional ou avaliar a extensão do tumor em mulheres recém-diagnosticadas com câncer de mama. Atualmente, estudos comparativos com a ressonância magnética da mama estão sendo realizados par avaliar a eficácia do CEM no rastreamento do câncer em mulheres com mamas densas. Se os resultados forem confiáveis, esse exame pode ser uma opção para o rastreamento por ser mais rápido e mais barato que uma ressonância magnética.

Elastografia. É um exame que pode ser feito como parte de um ultrassom. É baseado na ideia de que o câncer de mama tende a ser mais firme e mais rígido que o tecido mamário circundante. Para esse exame, a mama é ligeiramente comprimida e o ultrassom pode mostrar a firmeza da área suspeita. Esse exame pode ser útil para determinar se a área tem mais probabilidade de ser câncer ou um tumor benigno.

Exames de imagem óptica. Essa técnica não utiliza radiação e não requer compressão mamária. Atualmente, os estudos estão buscando uma combinação de imagens ópticas com outros exames, como ressonância magnética, ultrassom ou mamografia tridimensional para diagnosticar o câncer de mama.

Tomografia de impedância elétrica. Esse exame está baseado no princípio de que as células de câncer de mama conduzem eletricidade de forma diferente das células normais. O exame transmite uma corrente elétrica muito pequena através da mama e depois a detecta na pele da própria mama. Isso é realizado usando pequenos eletrodos que são colocados sobre a pele. Esse exame não usa radiação nem comprime as mamas. Ele pode ser usado para classificar os tumores diagnosticados nas mamografias. Mas, ainda não foram realizados testes clínicos suficientes para usá-lo no rastreamento do câncer de mama.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 14/01/2022, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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