Exames para diagnóstico do câncer de boca e orofaringe
Outros tipos de exames podem ser solicitados ao paciente diagnosticado com câncer de boca ou de orofaringe. Esses exames não são utilizados para diagnosticar o câncer, mas para verificar se o paciente está apto a realizar tratamentos, como cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
- Exames de sangue. Os exames de sangue não podem diagnosticar tumores da boca ou orofaringe. No entanto, são solicitados rotineiramente para avaliar o estado de saúde geral do paciente, especialmente antes do tratamento. Esses exames permitem diagnosticar desnutrição, anemia, doença hepática e doença renal. Também podem sugerir se o câncer se disseminou para o fígado ou ossos.
- Exames pré-operatórios. Antes da cirurgia, geralmente são solicitados ao paciente um eletrocardiograma, para garantir que o coração está funcionando bem, assim como, exames de função pulmonar para verificar o estado funcional desses órgãos antes do tratamento cirúrgico.
- Exame odontológico. Antes do tratamento radioterápico, o médico pode solicitar ao paciente um exame dentário preventivo, e caso necessário, realizar a remoção dos dentes, antes do início do tratamento. Quando o tumor está localizado na mandíbula ou no céu da boca, o dentista fará uma restauração das estruturas da boca para que o paciente possa manter não só uma boa aparência, como também a capacidade de mastigar, engolir e falar após o término do tratamento. No caso de haver a remoção de uma parte da mandíbula ou do palato, o ortodontista irá trabalhar para garantir que as próteses e os dentes naturais remanescentes se encaixem corretamente. Isso pode ser feito com dentaduras e implantes dentários.
- Audiometria. A cisplatina, principal medicamento quimioterápico utilizado no tratamento do câncer de boca e orofaringe, pode provocar perda auditiva. Por essa razão, seu médico provavelmente solicitará um audiograma antes de iniciar o tratamento para fins de comparação ao término da quimioterapia, para verificar possíveis problemas de audição.
- Nutrição e fonoterapia. Frequentemente, o paciente é acompanhado por um nutricionista que avalia seu estado nutricional antes, durante e depois do tratamento para tentar manter seu peso e reservas de proteínas o mais normal possível. Os pacientes também podem fazer acompanhamento com fonoaudiólogo para verificar quaisquer problemas que possam existir quanto a deglutição e a fala. O fonoaudiólogo pode orientar o paciente com exercícios para serem realizados durante o tratamento que ajudarão a fortalecer os músculos da região da cabeça e do pescoço, de modo que o paciente possa comer e falar normalmente após o término do tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 23/03/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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