Exames para diagnóstico dos tumores pituitários
Os principais exames realizados para o diagnóstico dos tumores pituitários são:
- Adenoma secretor do hormônio do crescimento
O exame físico do paciente pode alertar o médico para investigar a presença desse tumor porque os sinais e sintomas (de acromegalia ou gigantismo) costumam ser muito evidentes.
Se houver suspeita de um tumor na hipófise, os níveis de hormônios no sangue e urina devem ser medidos.
Um dos primeiros passos é verificar se há excesso de produção do hormônio do crescimento. Os níveis de hormônio do crescimento e do fator de crescimento similar à insulina-1 (IGF-1) serão medidos a partir de amostras de sangue colhidas com o paciente em jejum.
Se os níveis sanguíneos do IGF-1 estiverem muito elevados, o diagnóstico provável é de um tumor pituitário.
Se os níveis estão levemente aumentados, é realizado o teste de tolerância à glicose para o diagnóstico de diabetes mellitus. Se os níveis do hormônio de crescimento permanecem elevados, um adenoma de hipófise pode ser a causa.
- Adenoma secretor de corticotropina (ACTH)
A maioria dos sinais e sintomas dos tumores produtores de ACTH vem do excesso de cortisol no corpo. Existem outras razões que podem levar o organismo a produzir cortisol em demasia. Portanto, pacientes com sintomas sugestivos dessa condição devem realizar exames para determinar a possibilidade da presença de um tumor pituitário.
Os exames que podem ser realizados incluem:
- Cortisol salivar noturno.
- Excreção de cortisol urinário de 24 horas.
- Teste de supressão de dexametasona.
- Amostragem do seio petroso.
- Adenoma secretor de prolactina
Os níveis de prolactina no sangue também podem ser medidos para verificar a presença de prolactinoma. Os níveis sanguíneos de outros hormônios, também, podem ser verificados, pois outros tipos de tumores hipofisários e outras condições podem, às vezes, provocar aumento do nível da prolactina.
- Adenoma secretor de gonadotrofina
Os níveis do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo estimulante (FSH) podem ser solicitados para verificar se uma paciente tem um tumor secretor de gonadotrofina. Os níveis de hormônios relacionados, como o estrogênio, progesterona e testosterona, muitas vezes, são também avaliados.
- Adenoma secretor de tireotropina
Os exames para medir os níveis sanguíneos de TSH e os hormônios da tireoide geralmente podem identificar pacientes com adenoma secretor de TSH.
- Adenoma não funcional
Um adenoma pituitário é considerado não funcional se não produz hormônio pituitário. Às vezes, porém, as taxas sanguíneas dos hormônios da hipófise podem estar mais altas do que o normal, mesmo que não estejam provocando sintomas. Também podem ser mais baixas do que o normal se o tumor for grande o suficiente para pressionar as células da hipófise que normalmente produzem esses hormônios.
- Exame para diabetes insipidus
O diabetes insipidus é causada por dano à parte da hipófise que armazena o hormônio vasopressina (ADH). Essa condição pode ter outras causas, incluindo cirurgia para tratar tumores da hipófise ou outros tumores próximos à glândula.
Em muitos casos, esse diagnóstico é realizado com exames que medem os níveis de sódio e glicose no sangue e osmolalidade (concentração total de sal) do sangue e urina.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 10/10/2022, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.