Fatores de risco para síndrome mielodisplásica
Um fator de risco é algo que afeta sua chance de contrair uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco. Alguns como fumar, por exemplo, podem ser controlados; no entanto outros não, por exemplo, idade e histórico familiar, não podem ser alterados.
Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas com a enfermidade podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido.
Fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver síndrome mielodisplásica:
- Idade. O risco de síndrome mielodisplásica aumenta com a idade. A doença é rara em pessoas com menos de 50 anos, a maioria dos casos é diagnosticada em pessoas com mais de 70 anos.
- Gênero. É mais frequente em homens.
- Tratamento de câncer. O tratamento prévio com quimioterapia é um fator de risco importante para a síndrome mielodisplásica. Os pacientes que foram tratados com determinados quimioterápicos são mais propensos a desenvolver a doença. Quando a síndrome mielodisplásica é causada por tratamento de outro tipo de câncer é denominada síndrome mielodisplásica secundária. Alguns dos medicamentos que podem eventualmente provocar a síndrome mielodisplásica incluem a mecloretamina, procarbazina, clorambucil, etoposide, teniposide, ciclofosfamida, ifosfamida e doxorrubicina. Combinar esses medicamentos com radioterapia aumenta ainda mais o risco de desenvolver a síndrome mielodisplásica. Também é observada em pacientes transplantados. Ainda assim, apenas uma pequena porcentagem de pacientes tratados com esses medicamentos desenvolverá a síndrome mielodisplásica.
- Síndromes genéticas. Pessoas com certas síndromes hereditárias são mais propensas a desenvolver a síndrome mielodisplásica. Esses distúrbios incluem anemia de Fanconi, síndrome de Shwachman-Diamond, anemia de Diamond Blackfan, distúrbio plaquetário familiar com propensão a malignidade mieloide, neutropenia congênita severa e disceratose congênita.
- Síndrome mielodisplásica familiar. Em algumas famílias, a síndrome ocorre com mais frequência do que o esperado. Às vezes, devido a uma mutação genética conhecida, mas em outros casos a causa não é clara.
- Tabagismo. Fumar aumenta o risco de síndrome mielodisplásica. Muitas pessoas sabem que o tabagismo pode causar câncer do pulmão, mas também pode provocar câncer em outras partes do corpo que não entram em contato direto com a fumaça. Substâncias causadoras de câncer no fumo do tabaco são absorvidas pelo sangue que passa através dos pulmões. Uma vez no sangue, estas substâncias se espalham para várias partes do corpo.
- Exposição ambiental. Algumas exposições ambientais foram associadas a síndrome mielodisplásica, como a exposição a altas doses de radiação e a exposição ocupacional prolongada ao benzeno e a determinados produtos químicos usados nas indústrias de petróleo e borracha.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 22/01/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.