Hormonioterapia para Câncer de Tireoide
O uso da hormonioterapia no tratamento do câncer de tireoide tem dois propósitos:
- Ajudar a manter o metabolismo normal do corpo.
- Impedir o crescimento das células cancerígenas remanescentes.
Após a tireoidectomia, o organismo deixa de produzir os hormônios da tireoide que necessita. Com isso, os pacientes devem tomar hormônio tireoidiano (levotiroxina) em forma de comprimidos para substituir a perda do hormônio natural.
A função tireoidiana normal é regulada pela glândula pituitária (hipófise). A hipófise produz um hormônio chamado TSH que faz com que a glândula tireoide produza o hormônio tireoidiano. O TSH também promove o crescimento da glândula tireoide e, provavelmente, de células cancerígenas na tireoide. O nível de TSH, por sua vez, é regulado pela quantidade de hormônio da tireoide no sangue. Se o nível do hormônio da tireoide está baixo, a hipófise produz mais TSH. Se o nível do hormônio tireoidiano é elevado, não é mais necessário TSH, então a hipófise passa a produzir menos hormônio.
Dessa forma, os médicos começaram a administrar doses de hormônio superiores às normais, mantendo os níveis do TSH muito baixos. Isso permite retardar o crescimento de quaisquer células cancerígenas remanescentes e diminuem as chances de alguns tipos de câncer de tireoide recidivarem.
Possíveis efeitos colaterais
A administração de doses mais altas que o normal de hormônios da tireoide parece ter poucos efeitos colaterais a curto prazo, mas alguns pesquisadores expressam sua preocupação sobre o uso prolongado da medicação. Altas doses de hormônio da tireoide podem apresentar algumas alterações, como batimento cardíaco acelerado ou irregular. A longo prazo, altas doses de hormônio tireoidiano podem levar à osteoporose. Altas doses de hormônios tireoidianos devem ser reservadas para pacientes com câncer de tireoide diferenciado com alto risco de recidiva.
Fonte: American Cancer Society (14/03/2019)