Imunoterapias não específicas para Câncer e Adjuvantes
As imunoterapias inespecíficas não visam em si as células cancerígenas. Elas estimulam o sistema imunológico de uma forma geral, o que pode, às vezes, levar a uma melhor resposta imunológica contra as células cancerígenas.
Algumas imunoterapias não específicas são administradas por si só como tratamentos do câncer. Outras são usadas como adjuvantes para estimular o sistema imunológico e potencializar a resposta de outro tipo de imunoterapia (como uma vacina). Algumas são usadas isoladamente contra alguns tipos de câncer e como adjuvantes contra outros.
Citocinas
As citocinas são substâncias químicas produzidas por algumas células do sistema imunológico. Elas são críticas no controle do crescimento e da atividade de outras células do sistema imunológico e das células sanguíneas
As citocinas são administradas via subcutânea, muscular ou intravenosa.
Interleucinas
As interleucinas são um grupo de citocinas que atuam como sinais químicos entre os glóbulos brancos.
A interleucina-2 (IL-2) ajuda as células do sistema imunológico a crescerem e se dividirem mais rapidamente. Uma versão artificial da IL-2 está aprovada para o tratamento do câncer de rim avançado e melanoma metastático, embora hoje, com o advento da imunoterapia moderna, esta estratégia seja pouquíssimo utilizada.
Os efeitos colaterais da IL-2 podem incluir sintomas semelhantes aos da gripe, como calafrios, febre, fadiga e confusão. A maioria dos pacientes apresentam aumento no peso. Alguns apresentam náuseas, vômitos ou diarreia. Efeitos colaterais raros, mas potencialmente graves, incluem batimento cardíaco anormal, dor no peito e problemas cardíacos. Devido a esses possíveis efeitos colaterais, se a IL-2 for administrada em altas doses, o tratamento deve ser feito em hospital.
Outras interleucinas, como IL-7, IL-12 e IL-21, estão sendo estudadas para uso contra o câncer, tanto como adjuvantes quanto como agentes isolados.
Interferon
Interferons são substâncias químicas que ajudam o corpo a resistir às infecções por vírus e câncer:
Apenas o interferon-alfa é usado no tratamento do câncer. Ele aumenta a capacidade de certas células do sistema imunológico a atacarem as células cancerígenas. Pode também diretamente retardar o crescimento das células cancerígenas, assim como os vasos sanguíneos que os tumores precisam para crescer.
O interferon-alfa pode ser usado para tratar alguns tumores, embora sua utilização, com o advento da imunoterapia moderna, esteja cada vez mais restrito:
Os efeitos colaterais dos interferons podem incluir:
Inibidores do controle imunológico
Esses medicamentos, considerados como os principais da imunoterapia moderna em oncologia, têm como alvo moléculas como PD-1, PD-L1 e CTLA-4, que normalmente ajudam a manter o sistema imunológico sob controle. Embora essas proteínas do controle imunológico sejam importantes para impedir o sistema imunológico ataque as células normais, elas também podem impedi-lo de atacar as células cancerígenas. Esses medicamentos ajudam a estimular a resposta imunológica contra alguns tipos de câncer.
Talidomida, Lenalidomida e Pomalidomida
Talidomida, lenalidomida e pomalidomida são conhecidas como medicamentos imunomoduladores. Acredita-se que eles funcionem de maneira geral, estimulando o sistema imunológico, embora não esteja exatamente claro como eles fazem isso. Esses medicamentos são usados no tratamento do mieloma múltiplo e alguns outros tipos de câncer.
Esses medicamentos podem provocar efeitos colaterais, como sonolência, fadiga, constipação, diminuição das taxas sanguíneas, neuropatia e coágulos sanguíneos. Esses efeitos tendem a ser mais prováveis com a talidomida do que com os outros medicamentos.
Esses medicamentos também podem causar defeitos congênitos importantes se forem administrados durante a gravidez.
Bacilo Calmette-Guérin
Bacilo Calmette-Guérin (BCG) é um germe que não causa doenças graves em humanos, mas infecta tecidos humanos e ativa o sistema imunológico. Isso torna a BCG útil uma forma de imunoterapia contra o câncer. A BCG foi uma das primeiras imunoterapias usadas contra o câncer e ainda é utilizado dias de hoje.
A BCG é usada no tratamento do câncer de bexiga em estágio inicial. É administrada na forma líquida diretamente na bexiga via cateter. A BCG atrai as células do sistema imunológico do corpo para a bexiga, onde elas podem atacar as células cancerígenas da bexiga. O tratamento com BCG pode provocar sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, calafrios e fadiga, além de causar uma sensação de queimação na bexiga.
A BCG também pode ser usada no tratamento de alguns tipos de melanoma.
Imiquimod
O imiquimod é um medicamento que é aplicado na pele na forma de creme. Ele estimula a resposta imunológica local contra as células cancerígenas da pele. É usado para tratar alguns tipos de câncer de pele em estágio inicial, especialmente em áreas sensíveis, como na face. É aplicado uma vez por dia, duas vezes por semana durante vários meses.
Fonte: American Cancer Society (08/08/2016)
Algumas imunoterapias não específicas são administradas por si só como tratamentos do câncer. Outras são usadas como adjuvantes para estimular o sistema imunológico e potencializar a resposta de outro tipo de imunoterapia (como uma vacina). Algumas são usadas isoladamente contra alguns tipos de câncer e como adjuvantes contra outros.
Citocinas
As citocinas são substâncias químicas produzidas por algumas células do sistema imunológico. Elas são críticas no controle do crescimento e da atividade de outras células do sistema imunológico e das células sanguíneas
As citocinas são administradas via subcutânea, muscular ou intravenosa.
Interleucinas
As interleucinas são um grupo de citocinas que atuam como sinais químicos entre os glóbulos brancos.
A interleucina-2 (IL-2) ajuda as células do sistema imunológico a crescerem e se dividirem mais rapidamente. Uma versão artificial da IL-2 está aprovada para o tratamento do câncer de rim avançado e melanoma metastático, embora hoje, com o advento da imunoterapia moderna, esta estratégia seja pouquíssimo utilizada.
Os efeitos colaterais da IL-2 podem incluir sintomas semelhantes aos da gripe, como calafrios, febre, fadiga e confusão. A maioria dos pacientes apresentam aumento no peso. Alguns apresentam náuseas, vômitos ou diarreia. Efeitos colaterais raros, mas potencialmente graves, incluem batimento cardíaco anormal, dor no peito e problemas cardíacos. Devido a esses possíveis efeitos colaterais, se a IL-2 for administrada em altas doses, o tratamento deve ser feito em hospital.
Outras interleucinas, como IL-7, IL-12 e IL-21, estão sendo estudadas para uso contra o câncer, tanto como adjuvantes quanto como agentes isolados.
Interferon
Interferons são substâncias químicas que ajudam o corpo a resistir às infecções por vírus e câncer:
- Interferon-alfa.
- Interferon-beta.
- Interferon-gama.
Apenas o interferon-alfa é usado no tratamento do câncer. Ele aumenta a capacidade de certas células do sistema imunológico a atacarem as células cancerígenas. Pode também diretamente retardar o crescimento das células cancerígenas, assim como os vasos sanguíneos que os tumores precisam para crescer.
O interferon-alfa pode ser usado para tratar alguns tumores, embora sua utilização, com o advento da imunoterapia moderna, esteja cada vez mais restrito:
- Leucemia de células pilosas.
- Leucemia mieloide crônica.
- Linfoma não Hodgkin folicular.
- Linfoma de pele de células T.
- Câncer de rim.
- Melanoma.
- Sarcoma de Kaposi.
Os efeitos colaterais dos interferons podem incluir:
- Sintomas semelhantes aos da gripe, como calafrios, febre, dor de cabeça, fadiga, perda de apetite, náuseas e vômitos.
- Diminuição dos glóbulos brancos, que aumentam o risco de infecção.
- Erupções cutâneas.
- Perda de cabelo.
Inibidores do controle imunológico
Esses medicamentos, considerados como os principais da imunoterapia moderna em oncologia, têm como alvo moléculas como PD-1, PD-L1 e CTLA-4, que normalmente ajudam a manter o sistema imunológico sob controle. Embora essas proteínas do controle imunológico sejam importantes para impedir o sistema imunológico ataque as células normais, elas também podem impedi-lo de atacar as células cancerígenas. Esses medicamentos ajudam a estimular a resposta imunológica contra alguns tipos de câncer.
Talidomida, Lenalidomida e Pomalidomida
Talidomida, lenalidomida e pomalidomida são conhecidas como medicamentos imunomoduladores. Acredita-se que eles funcionem de maneira geral, estimulando o sistema imunológico, embora não esteja exatamente claro como eles fazem isso. Esses medicamentos são usados no tratamento do mieloma múltiplo e alguns outros tipos de câncer.
Esses medicamentos podem provocar efeitos colaterais, como sonolência, fadiga, constipação, diminuição das taxas sanguíneas, neuropatia e coágulos sanguíneos. Esses efeitos tendem a ser mais prováveis com a talidomida do que com os outros medicamentos.
Esses medicamentos também podem causar defeitos congênitos importantes se forem administrados durante a gravidez.
Bacilo Calmette-Guérin
Bacilo Calmette-Guérin (BCG) é um germe que não causa doenças graves em humanos, mas infecta tecidos humanos e ativa o sistema imunológico. Isso torna a BCG útil uma forma de imunoterapia contra o câncer. A BCG foi uma das primeiras imunoterapias usadas contra o câncer e ainda é utilizado dias de hoje.
A BCG é usada no tratamento do câncer de bexiga em estágio inicial. É administrada na forma líquida diretamente na bexiga via cateter. A BCG atrai as células do sistema imunológico do corpo para a bexiga, onde elas podem atacar as células cancerígenas da bexiga. O tratamento com BCG pode provocar sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, calafrios e fadiga, além de causar uma sensação de queimação na bexiga.
A BCG também pode ser usada no tratamento de alguns tipos de melanoma.
Imiquimod
O imiquimod é um medicamento que é aplicado na pele na forma de creme. Ele estimula a resposta imunológica local contra as células cancerígenas da pele. É usado para tratar alguns tipos de câncer de pele em estágio inicial, especialmente em áreas sensíveis, como na face. É aplicado uma vez por dia, duas vezes por semana durante vários meses.
Fonte: American Cancer Society (08/08/2016)