Imunoterapia para câncer de pâncreas
A imunoterapia é o uso de medicamentos para estimular o sistema imunológico de uma pessoa a reconhecer e destruir as células cancerígenas de forma mais eficaz. Certos tipos de imunoterapia podem ser usados no tratamento do câncer de pâncreas.
Inibidores do controle imunológico
Uma função importante do sistema imunológico consiste na sua capacidade de atacar as células normais e anormais do corpo. Para fazer isso, ele usa pontos de verificação – as chamadas moléculas de controle imunológico em células imunológicas que precisam ser ativadas (ou desativadas) para iniciar uma resposta imunológica. As células cancerígenas, às vezes, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico. Esses medicamentos se mostraram promissores no tratamento de muitos tipos de câncer.
Os medicamentos denominados inibidores do controle imunológico podem ser usados para pacientes cujas células cancerígenas pancreáticas são positivas para alterações genéticas específicas, como um alto nível de instabilidade de microssatélites (MSI-H) ou alterações em um dos genes de reparo de incompatibilidade (MMR). As alterações nos genes MSI ou MMR (ou ambos) são frequentemente vistas em pacientes com síndrome de Lynch.
Os medicamentos são usados em pacientes cujo câncer volta a crescer após a quimioterapia. Eles também podem ser usados para tratar pacientes cujo tumor não pode ser removido cirurgicamente, recidivado após o tratamento, ou que se disseminou para outros órgãos.
Inibidor de PD-1
Pembrolizumabe. É um medicamento que tem como alvo a PD-1, uma proteína do ponto de controle das células do sistema imunológico denominadas células T. Ao bloquear a PD-1, esse medicamento aumenta a resposta imunológica contra as células cancerígenas do pâncreas e, muitas vezes, pode reduzir os tumores.
Esse medicamento é administrado por infusão intravenosa, a cada duas ou três semanas.
Os efeitos colaterais podem incluir fadiga, tosse, náusea, coceira, erupção cutânea, diminuição do apetite, constipação, dor nas articulações e diarreia.
Outros efeitos colaterais mais graves ocorrem com menor frequência. Esse medicamento age basicamente removendo os freios do sistema imunológico do corpo. Às vezes, o sistema imunológico começa a atacar outras partes do corpo, o que pode causar problemas graves ou até mesmo fatais nos pulmões, intestinos, fígado, glândulas produtoras de hormônios, rins ou outros órgãos.
É importante comunicar imediatamente quaisquer novos efeitos colaterais que surgirem ao seu médico. Se ocorrerem efeitos colaterais graves, o tratamento pode precisar ser interrompido e você ser medicado com altas doses de corticosteroides para suprimir o sistema imunológico.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Imunoterapia.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 11/02/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.