Informação que faz a diferença

Katia Regina Galvão Lima, filha de Lourdes Casagrande Galvão, de 77 anos, entrou em contato com a gente no final de maio pelo canal Ligue Câncer (0800 773 1666), pois estava preocupada com a demora no agendamento do tratamento para sua mãe. Lourdes foi diagnosticada com câncer colorretal em dezembro, mas até o momento estava sem perspectiva de iniciar a quimioterapia.

Em dezembro de 2018, Lourdes estava na casa da outra filha, Sueli, em Perus, quando foi à UBS para fazer alguns exames de sangue e foi orientada a procurar um hospital, pois seus resultados estavam muito alterados.

De volta à casa de Kátia, Lourdes foi ao Hospital Pedreira, onde foram solicitados novos exames de sangue, mais completos, quando o clínico geral suspeitou de câncer no reto. Ainda em dezembro, Lourdes foi orientada a procurar um cirurgião para realizar colonoscopia.

Após confirmação do tumor, a cirurgiã achou melhor não fazer cirurgia, pois o reto "estava muito inchado". Então, ela orientou que fosse iniciada quimioterapia no Hospital Mário Covas e depois radioterapia.

Mas e a lei dos 60 dias? 

Enquanto aguardava o agendamento da quimio, Lourdes estava sentindo muitas dores. Então, Kátia comentou com o patrão sobre as dores e sua preocupação com a mãe. Foi quando ele indicou o Oncoguia para ela.

Em sua primeira ligação, Kátia conversou com a nossa especialista de atendimento, Shirlei Guerini, que a explicou sobre a Lei dos 60 dias e orientou sobre os passos que devia tomar para conseguir fazer valer os direitos de sua mãe, como procurar a Ouvidoria do Hospital Mário Covas. Auxiliada pelo seu chefe, que também falou com nossa equipe, foi enviado um e-mail à ouvidoria em 25 de maio.

O Hospital Mário Covas retornou dizendo que a paciente tinha um agendamento no dia 17 de junho e que não conseguiam adiantar. Novamente em contato com o Oncoguia, Shirlei orientou que dessa vez Kátia procurasse a Defensoria Pública, onde foi e levou todos os documentos referentes aos atendimentos da mãe.

No dia 17 de junho, acompanhada das filhas, Lourdes compareceu à consulta com a oncologista que disse que precisaria solicitar novos exames antes de dar seguimento. Kátia argumentou com a médica sobre a Lei dos 60 dias. “Perguntei se ela conhecia a lei, ela disse que sim, mas que não podia falar muito sobre, que eu deveria procurar a assistente social. Eu então disse que já tinha falado até com a diretoria do Hospital e argumentei que o diagnóstico da minha mãe tinha sido em janeiro e já estávamos em junho e ela ainda não tinha iniciado o tratamento, portanto já estava desrespeitando a lei”, conta Kátia. “Nessa hora, a médica saiu da sala dizendo que precisava falar com sua superiora e voltou depois com todos os papéis prontos para que minha mãe começasse a quimioterapia na semana seguinte, indicação para radioterapia e receituário médico. Quando perguntei se não teria mais que fazer os exames, ela disse que não.”

Lourdes começou a quimioterapia no dia 27 de junho. Segundo sua filha, ela passou bem e não teve nenhuma reação ao tratamento. Ela também já foi encaminhada a realizar radioterapia no Hospital das Clínicas.

O poder da informação

“Tem muita gente morrendo porque os médicos não estão com disposição, ou não sei o que está acontecendo com eles. Porque eles sabem o que é certo, mas não fazem. Se eu não tivesse a ajuda do meu patrão, do Oncoguia e da Shirlei para me orientar, eu estaria na mesma até agora, sem tratamento para minha mãe, porque nada que eu fazia estava adiantando”, conclui Kátia.

A filha de Lourdes ainda deixa um recado para quem se encontra na mesma situação. “A gente tem que procurar informação correta com quem sabe sobre o assunto, porque não adianta só querer brigar e falar besteira que não vai resolver”.

E se você está passando por uma situação parecida ou conhece alguém que está enfrentando dificuldades para ter acesso ao tratamento, entre em contato com a gente pelo nosso Ligue Câncer!

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