Inovações tecnológicas e novo protocolo de tratamento reforçam o combate ao câncer

O Sistema Único de Saúde (SUS) está ampliando seus esforços no enfrentamento ao câncer, com a incorporação de novas tecnologias e o lançamento do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) exclusivo para o câncer de mama. Essas ações reafirmam o compromisso do SUS em oferecer tratamento de ponta e equitativo para a população, promovendo maior qualidade e padronização no cuidado oncológico. 

Entre 2023 e 2024, o SUS incorporou um total de 67 novas tecnologias, sendo 16 voltadas exclusivamente para o combate ao câncer. Segundo Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), mais de 320 propostas foram avaliadas, incluindo 41 projetos oncológicos. “A ciência é a base para garantir o direito à saúde. Todas as decisões de incorporação tecnológica no SUS seguem evidências robustas e diretrizes rigorosas”, afirmou o secretário. 

Além disso, o Protocolo de Acesso às Ofertas de Cuidado Integrado (OCI) foi implementado para reorganizar o fluxo de atendimento, assegurando o diagnóstico precoce e o início do tratamento em até 30 dias, conforme estabelecido pela legislação.

Com essas iniciativas, o SUS reafirma seu papel como referência em saúde pública, trazendo avanços tecnológicos e terapêuticos que transformam o cuidado oncológico no Brasil. Ao integrar inovação, ciência e equidade, o sistema público oferece esperança para milhares de pacientes, promovendo qualidade de vida e maior sobrevida no enfrentamento ao câncer. 

Novas terapias medicamentosas

As inovações tecnológicas contemplam diferentes tipos de câncer, abrangendo desde novas terapias medicamentosas até avanços em diagnóstico e tratamento. Entre os destaques estão: 

  • Mieloma múltiplo: o medicamento carfilzomibe é uma opção para pacientes que não respondem ao tratamento inicial, oferecendo novas perspectivas de controle da doença.
  • Leucemia linfocítica crônica: a combinação de quimioterapia com o rituximabe fortalece a imunidade dos pacientes, aprimorando a resposta ao tratamento.
  • Câncer de pele: a terapia fotodinâmica, desenvolvida no Brasil, representa uma abordagem inovadora para o tipo de câncer mais comum no país.
  • Câncer de pulmão: tecnologias avançadas, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET) e o RT-PCR, permitem identificar mutações genéticas e mapear o estágio da doença. Além disso, o durvalumabe oferece novas possibilidades terapêuticas para estágios avançados.
  • Câncer de ovário e colo do útero: a testagem molecular do HPV e o medicamento olaparibe são avanços significativos para o diagnóstico precoce e o tratamento de casos avançados. 


Outros tipos de câncer, como próstata, intestino, tireoide, linfomas e tumores gastroenteropancreáticos, também foram beneficiados por novas tecnologias, ampliando as opções de cuidado e sobrevivência para pacientes em diversas fases da doença. 

Marco no cuidado

O câncer de mama, com mais de 73 mil novos casos anuais no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o tipo mais incidente entre as mulheres e uma das principais causas de mortalidade feminina. Em resposta a esse desafio, o Ministério da Saúde publicou o primeiro PCDT do Câncer de Mama, um documento que padroniza o atendimento em todo o país. 

Desenvolvido com base em evidências científicas e em diretrizes internacionais, o protocolo busca garantir que pacientes de todas as regiões tenham acesso às melhores práticas de diagnóstico e tratamento. Sua elaboração contou com a contribuição de especialistas renomados, instituições de referência, como o Inca e o Hospital do Amor, e a participação de pacientes. 

Fonte: GOV BR

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