[LEGISLATIVO] Projeto sobre a fosfoetanolamina vai ao Plenário
O que houve?
A permissão para que pacientes com câncer usem a a fosfoetanolamina sintética antes do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi aprovada nesta quinta-feira (17) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em reunião extraordinária. O Projeto de Lei da Câmara - PLC 3/2016, que permite o uso do medicamento ainda em fase de testes, segue agora para a análise do Plenário.
Foi aprovado requerimento para que a proposta seja votada em regime de urgência.
Humberto Costa preferiu apresentar, no entanto, uma emenda para deixar claro que, se os estudos comprovassem alguma toxicidade ou efeitos colaterais negativos, a Anvisa suspenderia a produção do medicamento. A aprovação da emenda poderia levar o projeto de volta à análise da Câmara.
O senador disse ter preocupação com o precedente que o Congresso Nacional poderia abrir, autorizando o uso de um medicamento ainda não liberado pela Anvisa.
- No momento em que o Congresso Nacional dá uma autorização para que um medicamento seja produzido e consumido, estamos abrindo precedentes para que essas multinacionais venham aqui cobrar a mesma coisa [para outros medicamentos] – argumentou o senador.
Para Acir Gurgacz, contudo, o projeto já deixa explícito que o uso do medicamento será em caráter excepcional, enquanto durem os estudos. Gurgacz também afirmou que, embora ainda não oficialmente, as pesquisas já comprovaram que a fosfoetanolamina não é tóxica.
- Como bem disse o senador Humberto Costa, a fase um da pesquisa será concluída no dia 29. Mas já sabemos que ela não é tóxica.
O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) lembrou que, na audiência pública realizada sobre o tema, havia especialistas muito qualificados e que, como o medicamento já é utilizado há muito tempo, efeitos colaterais teriam se manifestado.
- Essa substância é utilizada há 20 anos. Os efeitos colaterais já estariam evidentes – disse Moka.
Utilização
A fosfoetanolamina é uma substância que imita um composto que existe no organismo, o qual identifica as células cancerosas, permitindo que o sistema imunológico as reconheça e as remova. Pesquisas sobre o medicamento vêm sendo feitas pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), há cerca de 20 anos. O órgão fazia sua distribuição de forma gratuita.
Em 2014, a droga parou de ser entregue, depois de uma portaria determinando que substâncias experimentais deveriam ter todos os registros antes de serem liberadas à população. Sem a licença, pacientes passaram a conseguir a liberação na Justiça, por meio de liminares.
Em nota divulgada à imprensa, a Anvisa informou não ter recebido nenhum pedido para realização de ensaios clínicos ou solicitação de registro dessa substância, manifestando preocupação com o uso de medicamentos sem a devida autorização.
Termo de consentimento
O texto do projeto aprovado determina que, para ter acesso ao medicamento, os pacientes diagnosticados com câncer precisarão assinar termo de consentimento e responsabilidade, antes do registro pela Anvisa. A opção pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso a outras modalidades terapêuticas.
Os internautas podem opinar sobre o projeto por meio de consulta pública disponibilizada pelo Portal e-Cidadania, do Senado.
A permissão para que pacientes com câncer usem a a fosfoetanolamina sintética antes do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi aprovada nesta quinta-feira (17) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em reunião extraordinária. O Projeto de Lei da Câmara - PLC 3/2016, que permite o uso do medicamento ainda em fase de testes, segue agora para a análise do Plenário.
Foi aprovado requerimento para que a proposta seja votada em regime de urgência.
Humberto Costa preferiu apresentar, no entanto, uma emenda para deixar claro que, se os estudos comprovassem alguma toxicidade ou efeitos colaterais negativos, a Anvisa suspenderia a produção do medicamento. A aprovação da emenda poderia levar o projeto de volta à análise da Câmara.
O senador disse ter preocupação com o precedente que o Congresso Nacional poderia abrir, autorizando o uso de um medicamento ainda não liberado pela Anvisa.
- No momento em que o Congresso Nacional dá uma autorização para que um medicamento seja produzido e consumido, estamos abrindo precedentes para que essas multinacionais venham aqui cobrar a mesma coisa [para outros medicamentos] – argumentou o senador.
Para Acir Gurgacz, contudo, o projeto já deixa explícito que o uso do medicamento será em caráter excepcional, enquanto durem os estudos. Gurgacz também afirmou que, embora ainda não oficialmente, as pesquisas já comprovaram que a fosfoetanolamina não é tóxica.
- Como bem disse o senador Humberto Costa, a fase um da pesquisa será concluída no dia 29. Mas já sabemos que ela não é tóxica.
O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) lembrou que, na audiência pública realizada sobre o tema, havia especialistas muito qualificados e que, como o medicamento já é utilizado há muito tempo, efeitos colaterais teriam se manifestado.
- Essa substância é utilizada há 20 anos. Os efeitos colaterais já estariam evidentes – disse Moka.
Utilização
A fosfoetanolamina é uma substância que imita um composto que existe no organismo, o qual identifica as células cancerosas, permitindo que o sistema imunológico as reconheça e as remova. Pesquisas sobre o medicamento vêm sendo feitas pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), há cerca de 20 anos. O órgão fazia sua distribuição de forma gratuita.
Em 2014, a droga parou de ser entregue, depois de uma portaria determinando que substâncias experimentais deveriam ter todos os registros antes de serem liberadas à população. Sem a licença, pacientes passaram a conseguir a liberação na Justiça, por meio de liminares.
Em nota divulgada à imprensa, a Anvisa informou não ter recebido nenhum pedido para realização de ensaios clínicos ou solicitação de registro dessa substância, manifestando preocupação com o uso de medicamentos sem a devida autorização.
Termo de consentimento
O texto do projeto aprovado determina que, para ter acesso ao medicamento, os pacientes diagnosticados com câncer precisarão assinar termo de consentimento e responsabilidade, antes do registro pela Anvisa. A opção pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso a outras modalidades terapêuticas.
Os internautas podem opinar sobre o projeto por meio de consulta pública disponibilizada pelo Portal e-Cidadania, do Senado.