[LINFOMA NÃO HODGKIN] Bárbara S. M. Hortelan

Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar?

Bárbara Hortelan - Meu nome é Bárbara Stéfanie Meneguim Hortelan, tenho 19 anos, sou solteira, no momento estudando para passar no vestibular, e pretendo de alguma forma juntar artes plásticas (amo desenhar) com enfermagem oncológica no futuro.

Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer?

Bárbara Hortelan - Em dezembro durante minhas viagens para prestar vestibular comecei a sentir umas dores de estômago que nem dei tanta importância, pois pensei ser uma gastrite nervosa por conta dos vestibulares. Voltei pra casa e fui me consultar com um médico pra ver a origem dessas dores. Em dezembro fiz uma laparoscopia e foi retirado uma quantidade de pus desconhecida, a qual o médico não conseguiu encontrar o motivo. Dois dias depois a cirurgia comecei a sentir uma dor na região das costas muito forte. Fui várias vezes internada, e em todas as vezes fui diagnosticada com dor muscular. Mesmo tomando remédio a dor persistia, até que notei dois nódulos inchados na região da garganta e, em uma das internações pela dor nas costas resolvi falar para o meu médico. Na mesma hora ele chamou um oncologista, e depois de uma punção e uma biópsia tive o diagnóstico: Linfoma Não - Hodgkin agressivo de células grandes Grau III.

Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? Qual era a sua maior preocupação neste momento?

Bárbara Hortelan - Por incrível que pareça fiquei tranquila. Me deu um pouco de medo porque eu não sabia nada sobre a doença e muito menos sobre o tratamento. A única coisa que eu sabia era que a quimioterapia tinha uns efeitos colaterais bem chatinhos. Minha maior preocupação era que eu teria que adiar a maior parte dos meus planos naquele momento, como a minha viagem pra Irlanda e o início do meu cursinho. Descobri que naquele momento eu teria que focar todas as minhas energias para me curar, e que era apenas uma pausa para todas as coisas que eu ainda vou fazer.

Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso? Você já começou o tratamento?

Bárbara Hortelan - Depois do diagnóstico comecei a me preparar para o início do tratamento que seria a base de quimioterapia. Ao todo são 6 ciclos, sendo que fico internada cinco dias a cada 21, e que o primeiro dia inclui também a quimioterapia intratecal. Estou no momento indo para o meu 4° ciclo.

Resolvi também escrever um blog (chadehortelann.blogspot.com) contando meu dia a dia com o linfoma, para tranquilizar as pessoas e desmistificar esse carma de morte que ronda o câncer.

Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê?

Bárbara Hortelan - Acho que todo tratamento tem seu lado difícil. Até agora só posso ter uma opinião sobre a quimioterapia. Porque todo tratamento tem seus temidos efeitos colaterais.

Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais? Qual o pior?

Bárbara Hortelan - Tive sim. Nos primeiros ciclos tive muita mucosite o que me impedia de comer, dormência nas pontas dos dedos, alopecia, muito cansaço, dor no corpo e sempre muito enjôo. Acho que não existe um pior, mas acho que o conjunto deles é que torna tudo pior. Nos primeiros dias após o ciclo, os efeitos colaterais as vezes aparecem todos de uma vez, depois eles parecem ir diminuindo.

Instituto Oncoguia - Como era a relação com o seu médico?

Bárbara Hortelan - Meu médico é muito querido. Ele sempre é muito delicado e gentil na hora de dizer as coisas, além de sempre deixar tudo bem explicado. Ele tenta deixar minha internação o mais confortável possível, tentando amenizar na medida do possível os sintomas.

Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou? Você fez acompanhamento psicológico? E com nutricionista?

Bárbara Hortelan - Tenho me encontrado com uma nutricionista funcional. Tenho feito uma dieta mais balanceada pois tenho oscilado muito de peso. Emagrecido com os enjôos e engordado com os corticóides.

Instituto Oncoguia - Você está em tratamento ou já finalizou?

Bárbara Hortelan - Ainda estou em tratamento.

Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje?

Bárbara Hortelan - No momento tenho esperado ansiosa o fim do tratamento. Tento levar minha vida o mais normal possível e convivido com o diagnóstico numa boa. Sei que esse tratamento não vai durar pra sempre, então paciência.

Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?

Bárbara Hortelan - Que fique tranquilo. Não entre em pânico e não deixe ideias preconceituosas entrarem na sua cabeça. É câncer sim, e tem cura sim. E a cura não está só naqueles remédios está na sua cabeça, no que você acredita. Pense que você é um vencedor, e que está em luta com algo que não pertence ao seu corpo.

Às vezes temos medo do desconhecido, por isso procure saber tudo sobre o tratamento, sobre os remédios que está tomando, sobre a sua doença e sobre casos vitoriosos de gente que já passou pela mesma coisa que você.

Escreva, pinte, desenhe, costure e use seu tempo da melhor forma possível, acredite, ele vai passar mais rápido. Divulgue sua história, tem gente que está passando pela mesma situação e precisa encontrar alguém para compartilhar todas essas sensações.

Instituto Oncoguia - Você gostaria de acrescentar mais alguma coisa?

Bárbara Hortelan - Não deixe suas veias sofrerem, quando sentir que seus braços e suas veias estão muitos finas e difíceis de serem encontradas fale para seu médico sobre a colocação do cateter. Além de aliviar os braços é uma forma mais segura de tomar quimioterapia.

Instituto Oncoguia - Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer? Você buscou se informar? De que maneira?

Bárbara Hortelan - A informação é muito importante durante o tratamento, faz você olhar de outra forma toda a situação. Você passa a entender o porque de cada medicamento, as suas reações no corpo, e como isso tudo está agindo no combate ao câncer. Procure ver as formas de tratamento e dê sugestões ao seu médico para tornar seu tratamento o mais confortável possível.

Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Você tem alguma sugestão a nos dar?

Bárbara Hortelan - Conheci através dos blogs que acompanho sobre Linfoma. Acho que o site é uma ótima fonte de informação sobre o câncer.

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