[LINFOMA NÃO HODGKIN] Nélson Buis Sonntag

Instituto Oncoguia - Você poderia se apresentar?

Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer?

Nélson Sonntag - Como descobri a doença não serve de exemplo, julgo que no meu caso, tive sorte e também muita coragem para correr atrás do diagnóstico.

A doença foi descoberta em julho, quando relacionei alguns sintomas que estavam ocorrendo comigo e depois disso fui pesquisar mais sobre o assunto, e logo me deparei com o meu diagnóstico definitivo.

Alguns dos principais sintomas eram: sudorese noturna sem febre, tosse seca sem secreção, falta de ar, síndrome da via cava superior (pescoço apresentava muito inchaço, e aparentava ser um linfonodo).

Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? Qual era a sua maior preocupação neste momento?

Nélson Sonntag - Quando me deparei com a confirmação de minhas suspeitas, me senti desamparado, sentimento que não durou muito graças as minhas pesquisas sobre possíveis tratamentos e altas chances de cura. Minha principal preocupação era não fazer minha família sofrer com isso, queria abraçar tudo sozinho.

Instituto Oncoguia - O que aconteceu depois disso? Você já começou o tratamento?

Nélson Sonntag - Logo após iniciamos diversas internações na rede pública. O tratamento só foi realmente começar em dezembro de 2008, pois antes disso foram vários exames para identificar o tipo de Linfoma que possuo.

Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê?

Nélson Sonntag - Não acredito em tratamento mais ou menos difícil, acredito em paciente mais ou menos resistente ao mesmo. Todos os protocolos de quimioterapia são agressivos e dessa maneira cada organismo reage de maneira distinta.

Instituto Oncoguia - Você teve efeitos colaterais? Qual o pior?

Nélson Sonntag - Tive poucos efeitos colaterais, mas dentre estes posso dizer que as dores de cabeça foram as piores.

Instituto Oncoguia - Como foi a relação com o seu médico?

Nélson Sonntag - Sempre tive um ótimo relacionamento com todas as equipes médicas pelas quais passei, acredito que quando existe um diálogo franco entre as partes, tudo funciona muito bem.

Instituto Oncoguia - Com que outro profissional você se relacionou? Você fez acompanhamento psicológico? E com nutricionista?

Nélson Sonntag - Sim ambos, pois, onde me trato, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, faz parte do programa, ter acompanhamento de vários profissionais para orientação tanto do paciente como do familiar.

Instituto Oncoguia - Você está em tratamento ou já finalizou?

Nélson Sonntag - Ainda me encontro atualmente realizando o ciclo B1 de HyperCVAD.

Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje?

Nélson Sonntag - É possível resumir tudo em uma só palavra: diferente, tudo passa por uma constante adaptação e a criação de hábitos simples, mas essenciais para quem tem essa enfermidade.

Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?

Nélson Sonntag - Para todos aqueles que descobrem a doença, lhes peço o máximo de calma e dedicação em entender do que se trata, sofremos um grande descaso por parte da população em buscar informação, acredito que conhecendo o problema a solução se torna mais fácil.

Instituto Oncoguia - Mais alguma coisa? Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer? Você buscou se informar? De que maneira?

Nélson Sonntag - Como mencionei na questão anterior, a informação é primordial em qualquer situação. Eu busco constantemente informação da mídia e de fontes seguras na internet.

Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Você tem alguma sugestão a nos dar?

Nélson Sonntag - Descobri o Oncoguia através de uma indicação, pois possuo um blog, onde busco acima de tudo informar às pessoas que assim como eu possuem a doença.