Mastectomia preventiva reduz risco de câncer de mama, mas não elimina chances da doença, diz especialista. Entenda

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A mastectomia preventiva tem sido uma alternativa para mulheres com histórico familiar de câncer de mama e risco elevado de desenvolver a doença. O procedimento ficou conhecido após atrizes como Angelina Jolie e Isabel Teixeira passarem pela cirurgia, mas não é indicado para todas. “O desenvolvimento do câncer de mama pode estar diretamente ligado ao histórico familiar, então vale a pena investigar com um especialista”, explica o cirurgião plástico Valderi Vieira. Exames genéticos ajudam a avaliar a predisposição e podem indicar se a cirurgia é uma opção viável.

A mastectomia preventiva pode ser realizada de diferentes formas. “É um procedimento mais complexo do que uma mastopexia clássica, por exemplo, então exige planejamento detalhado com o médico”, afirma o especialista. A cirurgia pode incluir a reconstrução mamária com prótese ou o uso de tecidos do próprio corpo, como músculos do abdômen ou das costas. O pós-operatório demanda acompanhamento rigoroso, pois há riscos como infecção, necrose de pele, assimetrias e exposição do implante.

Apesar de reduzir significativamente as chances de um diagnóstico futuro, a mastectomia preventiva não elimina completamente o risco da doença. “A cirurgia não garante 100% de proteção, mas pode ser uma estratégia importante para mulheres com alto risco”, ressalta o médico. A decisão deve ser tomada com informação e apoio médico, levando em conta os riscos e os benefícios.

Fonte: O Globo