[MATÉRIA] Voluntários foram poderosos na Corrida pela Cura

Ajudar em alguma causa sem obter nada em troca, está aí algo que já passou pela cabeça de todo mundo uma vez na vida. Provavelmente, a mesma idéia já havia passado pelas cabeças de Herington, Priscila, Natalie e Karina. A diferença é que eles não ficaram só com uma idéia, mas resolveram se mobilizar e efetivamente ajudar!

"Gosto de me sentir útil, além disso, me interessei pela causa. Gosto de ver pessoas sorrindo em troca de gestos simples como carinho e atenção”, afirmou o analista de sistemas Herington Maulaz, 35,  quando questionado sobre o porquê de haver se cadastrado como voluntário da primeira edição da Brasil, Race for the Cure – Corrida pela Cura, que aconteceu no dia 24 de outubro de 2011, no Rio de Janeiro.

"Sempre tive vontade de participar como voluntária em projetos como esse, tão importantes para a conscientização das pessoas, acho que é também uma forma de ajudar aqueles que passam por esse momento tão complicado”, afirmou Priscila Seeberger, 28, também voluntária da corrida.

A Race for the Cure é uma iniciativa da Fundação Susan G. Komen for the Cure, uma organização sem fins lucrativos de origem norte-americana que organiza corridas pela cura em todo mundo. A intenção do evento é chamar a atenção das mulheres para o câncer de mama, conscientizando e informando-as sobre a prevenção, os sintomas e a importância da realização dos exames. Atualmente, 141 cidades no mundo realizam suas edições da corrida, reunindo ao todo cerca de 1,5 milhão de pessoas - muito mais do que os 800 corredores que estiveram presentes na primeira edição da Race, que aconteceu em 1983, em Dallas (EUA). 

O evento brasileiro, organizado por várias entidades ligadas à causa e pelo Instituto Oncoguia, reuniu, além de apoiadores, também mulheres que já haviam tido câncer de mama e que conseguiram superar a doença. Certamente, o contato direto com as poderosas, como elas foram chamadas, motivou ainda mais os voluntários. "Conheci muitas histórias de lutas e vitórias”, relata Priscila, que foi voluntária pela primeira vez.

Assim como ela, Natalie Kneit, 31, e Karina Damiani, 26, também estrearam como voluntárias na corrida. Ambas ficaram sabendo do evento e, inicialmente, pensaram em se juntar aos 5 mil inscritos para a corrida e caminhada. "Foi aí que entrei no site da Race for the Cure e descobri que podia também me cadastrar como voluntária”, diz Natalie, cuja função durante o evento foi ajudar na recepção dos jornalistas. "Gostei e me senti muito estimulada a continuar fazendo trabalho voluntário”, afirmou. Para Karina, as duas horas do evento passaram muito rápido. "Queria ter participado mais”, diz ela, que também pretende continuar fazendo trabalho voluntário.

Para Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia e coordenadora do Comitê dos Voluntários da corrida, o envolvimento e participação de todos eles fez toda a diferença. "Temos muito que agradecê-los”, completou ela.