Novidades no tratamento do câncer de rim
Muitas pesquisas sobre câncer de rim estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços nas causas, detecção precoce, diagnóstico e tratamentos. Confira alguns deles.
- Genética
Nas últimas décadas, a medicina fez grandes progressos no entendimento das diferenças entre células normais e células cancerígenas. Pesquisas começam a entender melhor como essas diferenças levam as células normais a crescer e se disseminar para outras partes do corpo.
Entender essas alterações permite uma melhor classificação dos tumores renais em seus diferentes tipos, o que influencia nas escolhas do tratamento. Essas informações também ajudam os médicos a desenvolver novos medicamentos que visam especificamente as alterações que ocorrem nas células cancerígenas.
- Formas de tratamento local
Muitos tumores renais podem ser tratados com a retirada ou destruindo o tumor, utilizando- se técnicas como a cirurgia, tratamentos ablativos e radioterapia. Por essa razão, os médicos estão desenvolvendo novas abordagens para esses tratamentos.
A cirurgia para a retirada do tumor pode ser frequentemente realizada usando a cirurgia laparoscópica assistida por robótica, na qual o cirurgião controla o procedimento com braços robóticos em um painel de controle.
Novos tipos de tratamentos ablativos, como ablação por microondas e eletroporação irreversível, estão sendo estudados para uso na destruição dos tumores renais.
Novas formas de radioterapia, como radioterapia estereotáxica corporal, também são uma opção para o tratamento de alguns tumores.
- Opções de tratamento para carcinoma de células renais de células não claras
O tipo mais frequente de carcinoma de células renais (CCR) é denominado de células claras. Uma pequena porcentagem dos tumores renais são subtipos diferentes e denominados CCR de células não claras, que respondem melhor a diferentes tipos de tratamento do que aqueles usados para CCR de células claras. Entretanto, são necessários mais estudos para verificar quais tratamentos podem ser mais eficazes para esse tipo de câncer.
- Terapia alvo e imunoterapia
Nas últimas décadas, novos tipos de tratamentos medicamentosos surgiram como opções de tratamento eficazes para a maioria dos tumores renais avançados. Por exemplo, a terapia-alvo, que age em partes específicas das células cancerígenas, e os imunoterápicos, que ajudam o sistema imunológico do corpo a atacar as células cancerígenas.
Esses tipos de medicamentos, isoladamente ou combinados, são, atualmente, as principais opções de tratamento para os tumores renais que não podem ser completamente removidos cirurgicamente.
Novos tipos de terapias-alvo e de imunoterapia estão em desenvolvimento. Por exemplo, as células CAR-T são células imunológicas alteradas em laboratório para atacar um alvo nas células cancerígenas. Os pesquisadores estão verificando se as células CAR-T projetadas para se ligar à proteína CD70 nas células cancerígenas podem ser úteis no tratamento do CCR avançado.
- Terapia adjuvante
Os médicos estão avaliando se administrar tratamento adicional (adjuvante) após a cirurgia diminui o risco da recidiva da doença, em pacientes de risco. Por exemplo, administrar pembrolizumabe por um ano mostrou diminuir esse risco em alguns pacientes, especialmente naqueles com CCR de células claras. Outros medicamentos também estão sendo avaliados.
- Terapia neoadjuvante
Os médicos também estão avaliando a administração da imunoterapia ou terapia-alvo antes da cirurgia (terapia neoadjuvante).
- Para pacientes cujo tumor pode ser removido ou reduzido, isso possibilita uma cirurgia menos extensa e diminui o risco da recidiva.
- Para pacientes cujos tumores não podem ser completamente removidos cirurgicamente, reduz-se o tumor o suficiente para a realização da cirurgia.
Estudos estão sendo realizados para avaliar quais pacientes se beneficiariam da terapia neoadjuvante, bem como quais medicamentos seriam eficazes.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/05/2024, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.