Novidades no tratamento do linfoma de pele

Muitas pesquisas sobre linfoma de pele estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção e tratamentos. Confira alguns deles.

  • Genética

Os pesquisadores fizeram grandes progressos na compreensão de como as alterações no DNA podem levar os linfócitos normais a se tornarem células de linfoma. O entendimento dessas mudanças do DNA já levou ao desenvolvimento de exames altamente sensíveis para diagnosticar a doença. Esses exames podem identificar células de linfoma com base nas suas variações de genes. Por exemplo, a reação em cadeia da polimerase (PCR) é um teste muito sensível que é útil para determinar se um linfoma foi destruído por tratamento e se é provável uma recidiva. Estes exames podem ajudar a escolher os pacientes que podem necessitar de um tratamento precoce e mais intenso.

  • Terapia fotodinâmica

Para esse tratamento, o ácido aminolevulínico ativado pela luz é aplicado às lesões da pele. Um tipo especial de laser é focalizado sobre as lesões. Essa luz provoca alterações no medicamento que acumulou no interior das células do linfoma, transformando-a em um novo produto químico que pode destruí-las. 

A vantagem da terapia fotodinâmica é destruir as células cancerígenas, com pouco dano às células normais. Mas como o produto químico deve ser ativado pela luz, ele só pode destruir as células cancerígenas próximas a superfície da pele. Isso limita seu uso para os linfomas de pele em fase inicial que não se desenvolveram profundamente na pele. Mesmo assim, a terapia fotodinâmica pode ser usada se outros tipos de terapias dirigidas à pele não forem eficazes.

  • Sirolimus e tacrolimus tópicos

Esses medicamentos afetam a proteína TLR7. Aplicar estes medicamentos nos linfomas de pele, sob a forma de creme ou gel, pode destruir as células do linfoma, mas são necessários mais estudos para determinar sua segurança e eficácia.

  • Quimioterapia

Muitos protocolos clínicos estão em andamento com novos quimioterápicos. Um exemplo é o forodesine, que se mostrou promissor nos primeiros ensaios clínicos. Pesquisas sobre esses e outros novos medicamentos estão em andamento.

Outros estudos estão avaliando maneiras de usar os medicamentos já conhecidos de forma eficaz, combinando-os em novas formas ou utilizando-se diferentes doses ou diferentes sequências desses medicamentos.

  • Terapia-alvo

Os médicos estão estudando agora como usar esses medicamentos de forma mais eficaz.

As terapias- alvo têm mostrado benefício claro em certos tipos de linfoma de pele. Os medicamentos vorinostat e romidepsin são formas de terapia-alvo que podem ajudar a tratar alguns linfomas de pele. 

Outras terapias-alvo também estão em desenvolvimento, incluindo o everolimus, lenalidomida e bortezomibe.

  • Anticorpos monoclonais

As células do linfoma têm certas substâncias químicas em sua superfície. Anticorpos sintéticos especiais que reconhecem estas substâncias podem ser direcionados para destruir as células do linfoma, provocando poucos danos aos tecidos normais do corpo.

Vários desses medicamentos, como rituximabe, brentuximabe vedotin e mogamulizumabe, já são utilizados no tratamento de alguns linfomas de pele. Além disso, novos anticorpos monoclonais, também, estão em desenvolvimento.

  • Inibidores do ponto de controle

Uma área recente e promissora do tratamento é a imunoterapia, que ajuda o próprio sistema imunológico a atacar as células cancerígenas do organismo. Os imunoterápicos denominados inibidores do ponto de controle imunológico são anticorpos monoclonais que aumentam a resposta imunológica. Esses medicamentos são eficazes no tratamento de muitos tipos de câncer, e alguns estão sendo estudados para uso contra o linfoma de pele. Exemplos incluem o pembrolizumabe, durvalumabe e atezolizumabe. Alguns estudos estão verificando esses medicamentos junto com outros tratamentos, como a radioterapia, para potencializar a eficácia.

  • Transplante de células-tronco

Altas doses de quimioterapia seguidas de um transplante de células-tronco é, às vezes, usado para tratar linfomas que já não respondem a outros tratamentos. Os pesquisadores continuam aprimorando os métodos de transplante de células-tronco, incluindo novas formas de coleta dessas células antes do transplante. Muitas pesquisas estão focando na redução da doença do enxerto-hospedeiro em transplantes alogênicos. Isto envolve a alteração das células do transplantado com as células T de modo a que elas não reajam com as células normais do paciente, mas ainda destruam as células do linfoma.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 09/08/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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