Novidades no tratamento da macroglobulinemia de Waldenstrom
Muitas pesquisas sobre macroglobulinemia de Waldenstrom estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, e tratamentos. Confira alguns deles.
- Genética
Os pesquisadores têm feito grandes progressos na compreensão de como as alterações no DNA podem tornar os linfócitos normais em células de linfoma. Por exemplo, na maioria dos pacientes com macroglobulinemia de Waldenstrom, as células cancerígenas têm alterações no gene MYD88. Recentemente, em uma pequena porcentagem de células de macroglobulinemia de Waldenstrom foi encontrada alterações no gene CXCR4. As alterações nesses genes têm sido associadas a uma maior chance da macroglobulinemia de Waldenstrom causando sintomas e requerendo tratamento.
Atualmente, os pesquisadores estão buscando desenvolver novos medicamentos que tenham como alvo as células com essas alterações genéticas. Alguns desses medicamentos estão em testes em estudos clínicos.
- Quimioterapia e terapia-alvo
Os estudos clínicos estão avaliando novos medicamentos para tratar a macroglobulinemia de Waldenstrom, bem como maneiras de utilizar os existentes de forma eficaz, combinando-os em novas formas e administrando doses ou sequências diferentes.
Alguns dos mais novos medicamentos que se mostraram promissores contra a macroglobulinemia de Waldenstrom incluem:
- Inibidores de mTOR, como temsirolimus.
- Inibidores de proteassoma, como ixazomibe, carfilzomibe e oprozomibe.
- Inibidores de desacetilase histona, como panobinostate, romidepsin e belinostat.
- Inibidores da tirosinaquinase de Bruton, como acalabrutinibe e spebrutinibe.
- Inibidores de PI3K, como idelalisibe e buparlisibe.
- Inibidores da aurora-quinase, como alisertibe.
- Inibidores da BCL-2, como venetoclax.
- Anticorpos CXCR4, como ulocuplumabe.
- Transplante de medula óssea e células-tronco
Os pesquisadores estão melhorando continuamente os métodos de transplante de células-tronco, bem como determinando o benefício desse tratamento para pacientes com macroglobulinemia de Waldenstrom.
- Vacinas
Os pesquisadores sabem que é possível desenvolver respostas imunes para pacientes com câncer. Em casos raros, o sistema imunológico dos pacientes rejeita a doença e são curados. Os pesquisadores estão estudando formas de aumentar esta reação imunológica com o uso de vacinas.
Ao contrário das vacinas usadas para prevenir infecções, o propósito destas vacinas é criar uma reação imunológica contra as células de linfoma em pacientes que têm a doença de forma precoce ou cuja doença está em remissão, mas poderia recidivar. Esta é uma importante área de pesquisa no tratamento do linfoma, mas ainda está em fase de estudos clínicos.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 02/09/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.