Oncoguia contribui em consulta pública para câncer de ovário

O Oncoguia enviou a sua contribuição nas Consultas Públicas 68 para incorporação do Niraparibe para tratamento de manutenção do câncer de ovário (incluindo trompas de Falópio ou peritoneal primário), de alto grau, avançado (estágio FIGO III ou IV), com mutação nos genes BRCA, sensível à quimioterapia de primeira linha, à base de platina.
O Oncoguia realizou contribuição na Consulta Pública com o respaldo do nosso Comitê Científico, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e através de uma live onde ouvimos a experiência de 2 pacientes com o medicamento analisado.
Em 24 de outubro, o Instituto Oncoguia realizou uma live com as pacientes Marília Lenik e Aline Deda, que compartilharam suas experiências com o uso do niraparibe no tratamento de câncer de ovário, com a participação da oncologista Maria Del Pilar. Assista a live aqui.
Marília, diagnosticada em 2022, não possui mutação BRCA, mas tem Deficiência de Recombinação Homóloga (HRD), o que a qualifica para o uso de niraparibe. Após um ano e três meses de tratamento, está em remissão, com efeitos colaterais controlados, como anemia, e mantendo boa qualidade de vida.
Aline, também diagnosticada em 2022 e portadora da mutação BRCA1, iniciou o tratamento com olaparibe, mas devido a toxicidade hematológica, foi substituída pelo niraparibe. Desde então, não apresentou efeitos colaterais e recuperou sua qualidade de vida.
Os relatos destacam os benefícios do niraparibe, incluindo sua eficácia e segurança. O estudo PRIMA demonstrou uma redução de 55% no risco de progressão ou morte, com uma mediana de sobrevida livre de doença significativamente maior.
Leia na íntegra a contribuição do Oncoguia para a consulta pública 68/2024 aqui.
Agora, a Conitec vai analisar as contribuições enviadas e publicar sua recomendação final. Continuaremos acompanhando este processo e trazendo atualizações para vocês quanto à sua incorporação no SUS.
Conteúdo produzido pela equipe do Instituto Oncoguia.