Oncoguia contribui em CP para pacientes com câncer de pulmão

O Oncoguia enviou a sua contribuição nas Consultas Públicas n° 84 e 78/2024 sobre a inclusão dos medicamentos inibidores da tirosina quinase para câncer de pulmão não pequenas células com translocação em ALK em estágio localmente avançado ou metastático como 1° ou 2ª linha de tratamento.

A contribuição na Consulta Pública foi feita com o respaldo do nosso Comitê Científico e endossando o parecer da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Há uma clara necessidade de novos medicamentos para o tratamento do câncer de pulmão no Sistema Único de Saúde (SUS), com espaço para uma revisão do atual arsenal terapêutico. Existe também uma grande discrepância entre as opções disponíveis no sistema público e no privado de saúde, com os pacientes de planos de saúde tendo mais alternativas, por isso acreditamos que é preciso ampliar o acesso a novos tratamentos no SUS.

Os inibidores de tirosina quinase (ITQ) avaliados mostraram eficácia significativa, aumentando a sobrevida global e a sobrevida livre de progressão, além de reduzir o risco de metástase no Sistema Nervoso Central (SNC) quando comparados à quimioterapia padrão. Esses medicamentos não só oferecem benefícios clínicos, mas também ajudam na manutenção da qualidade de vida dos pacientes, permitindo que eles mantenham uma rotina ativa sem impactos significativos nas atividades diárias. Isso é importante tanto para o controle da doença quanto para o apoio à saúde mental e emocional dos pacientes e suas famílias.

Além disso, os ITQ contribuem para a redução de custos indiretos do SUS, ao diminuir internações e tratamentos paliativos. O alectinibe, em particular, pode reduzir em 40% as progressões para o SNC quando usado em primeira linha quando comparado ao crizotinibe, reduzindo drasticamente os custos de internação e tratamentos adicionais, conforme apontado por estudos brasileiros.

Leia na íntegra a contribuição do Oncoguia para a consulta pública 84 e 78/2024 aqui.

Agora, a Conitec vai analisar as contribuições enviadas e publicar sua recomendação final. Continuaremos acompanhando este processo e trazendo atualizações para vocês quanto à sua incorporação no SUS.

Conteúdo produzido pela equipe do Instituto Oncoguia.