Oncoguia contribui em CP sobre câncer de pulmão e LMC na ANS
O Oncoguia enviou a sua contribuição na Consulta Pública 135 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que discutiu a inclusão de novos tratamentos na cobertura obrigatória dos planos de saúde:
- Tepotinibe monoidratado para câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) avançado com mutações do tipo skipping METex14 em pacientes sem tratamento prévio (1L).
- Asciminibe para pacientes adultos com Leucemia Mieloide Crônica (LMC) cromossomo Philadelphia positivo, em fase crônica, previamente tratados com dois ou mais inibidores da tirosina quinase (ITQ).
O Oncoguia realizou contribuição na Consulta Pública, com respaldo do nosso Comitê Científico e endossando o parecer da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). No documento enviado, sinalizamos nosso posicionamento favorável à incorporação do tepotinibe e asciminibe.
Na consulta pública do tepotinibe destacamos que a atual alternativa terapêutica ao tepotinibe é a realização de quimioterapia associada à imunoterapia. Essa alternativa, além de ser mais custosa para o sistema de saúde, impacta profundamente a qualidade de vida dos pacientes. A quimioterapia provoca severos efeitos colaterais, sendo extremamente desgastante tanto física quanto emocionalmente. A gravidade dos efeitos adversos da quimioterapia muitas vezes impede o paciente de seguir suas atividades diárias normalmente e, em muitos casos, leva à interrupção do trabalho, agravando ainda mais o impacto social e econômico do tratamento. Já o tepotinibe é 100% oral, permitindo que o tratamento não impacte o cotidiano do paciente, possibilitando a manutenção de atividades que garantam a saúde física, mental e emocional do paciente.
Leia na íntegra a contribuição do Oncoguia aqui.
Na consulta pública do asciminibe, destacamos que as opções terapêuticas disponíveis apresentam altos índices de falha. Um terço dos pacientes falham com a primeira linha terapêutica, e metade dos pacientes falham com a segunda, sendo necessário ampliar as opções terapêuticas disponíveis. Atualmente, não estão incorporados inibidores da tirosina-quinase (ITQs) de terceira geração ou uma terceira linha terapêutica. Dessa forma, os pacientes que não responderam à primeira ou segunda linha de tratamento seguem desassistidos. Assim, os dados apontam que o asciminibe, além de preencher um vazio assistencial, garante um tratamento eficaz e melhor qualidade de vida para o paciente.
Leia na íntegra a contribuição do Oncoguia aqui.
Agora, a ANS vai analisar as contribuições enviadas, apresentar todas as contribuições no plenário do Cosaúde e publicar sua recomendação final.
Conteúdo produzido pela equipe do Instituto Oncoguia.