Os desafios do câncer em meio à pandemia de coronavírus
Antonio Oliveira da Silva, de 52 anos, foi diagnosticado com câncer de rim no começo de 2020. Todo o processo de investigação e diagnóstico foi realizado por meio do plano de saúde do qual Antonio era beneficiário no local onde trabalhava. Mas justamente no momento em que iniciou a pandemia de coronavírus, a empresa da qual era colaborador foi vendida, os funcionários foram demitidos e, consequentemente, perderam o benefício do convênio.
Em 26 de maio, a esposa de Antonio, Ionice, entrou em contato pelo canal Ligue Câncer (0800 773 1666) para saber o que poderia ser feito para que seu marido pudesse iniciar o tratamento do câncer já que não tinham mais convênio.
“Ele sentia uma fisgada do lado esquerdo do abdomem, mas nunca falava com o médico. Quando ele conseguiu um emprego com direito à plano de saúde, insisti para ele procurar um médico e investigar o sintoma. Foi quando recebemos o diagnóstico do câncer. Mas ao mesmo tempo começou a pandemia, ele perdeu o emprego e o convênio. Não sabíamos o que fazer”, conta Ionice, que chegou ao Oncoguia após sua filha fazer algumas pesquisas na internet sobre o caso do pai.
Orientação e acolhimento
Shirlei Guerini, especialista de atendimento do Ligue Câncer orientou Ionice de duas possibilidades. A primeira seria tentar a portabilidade do plano de saúde com o RH da empresa na qual Antonio trabalhava. A segunda seria iniciar o tratamento pelo SUS. Explicamos a ela que, para isso, deveriam ir a um posto de saúde com todos os exames do paciente para que ele fosse inserido na regulação do sistema único.
“Até tentamos manter o convênio, mas os valores que nos passaram eram muito altos. Apesar de mais demorado, ligamos no posto e já nos orientaram a ir no dia seguinte porque quem tinha câncer não podia esperar.”
Alguns dias depois, o paciente foi à UBS de São Norberto, em São Paulo, onde foi inserido na regulação e, em 15 de junho, Antonio foi atendido por um uro-oncologista no Hospital Vila Santa Catarina, que solicitou novos exames de tomografia, sangue e urina.
Após realizar os exames e retornar com o médico, Antonio passou pelo primeiro tratamento indicado, a cirurgia, no dia 20 de julho. Depois da consulta pós-operatória, o paciente esteve novamente com o uro-oncologista que o orientou a ficar apenas em observação por seis meses, com retorno médico em dezembro.
“Eu ligava sempre para vocês. A Shirlei me acalmava, me explicava e me orientava direitinho sobre todas as minhas dúvidas e preocupações. Me acolheu muito, só tenho a agradecer, foi onde eu encontrei o meu socorro”, finaliza Ionice.
E você, passou por alguma situação semelhante ou conhece alguém que está precisando de orientação? Ligue Câncer! A ligação é gratuita e atendemos de segunda a sexta, das 10h às 17h pelo telefone 0800 773 1666. Conte com o Oncoguia, você não está sozinho!