Paciente com câncer pode ser vacinado contra febre amarela?
A exemplo do que ocorreu em 2016, no último surto de gripe H1N1, pessoas em tratamento de câncer que vivem em áreas com casos de febre amarela temem pelos riscos de serem vacinados contra a infecção, transmitida, entre outros mosquitos, pelo Aedes aegypti (o mesmo da dengue e da zika). Diferente da vacina contra H1N1, liberada para quem está em tratamento oncológico, a vacinação contra a febre amarela pode prejudicar a saúde já fragilizada do paciente em muitos casos. Não deixe de conversar com seu médico!
Isso porque a vacina contra a febre amarela é do tipo atenuada: feita com o vírus vivo, porém sem capacidade de desenvolver a doença em um organismo que consegue produzir anticorpos contra sua ação. A ideia é injetar esse vírus "quebrado” para que o corpo crie as defesas contra ele e esteja devidamente protegido se for atacado de verdade. Além da febre amarela, as vacinas contra caxumba, poliomielite, rubéola, sarampo, varicela e varíola são feitas com vírus atenuados, assim como a tríplice viral.
Acontece que pacientes imunodeprimidos, cujas defesas imunológicas do organismo estão fragilizadas, não estão em sua capacidade total de produzir anticorpos em tempo hábil mesmo contra um vírus atenuado. É o caso de pacientes em quimioterapia, que tem como um dos seus efeitos colaterais a queda da imunidade, e de alguns tipos de câncer que causam imunodepressão, como leucemias, linfomas e mieloma múltiplo. Essas pessoas, orienta o oncologista clínico Rafael Kaliks, diretor científico voluntário do Instituto Oncoguia, não devem ser vacinadas.
Já quem está em radioterapia, a depender do tipo de câncer, pode ser vacinado. Mas, enfatiza Kaliks, "cada paciente deve tratar pessoalmente com seu médico antes de vacinar”. A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alerta que a vacina pode gerar reações adversas, ainda, em idosos, gestantes e mulheres em fase de amamentação.
Pacientes que já concluíram seu tratamento quimioterápico podem ser vacinados após um período que pode ir de três a seis meses, mas também precisam tomar a decisão junto ao seu médico. De acordo com o Ministério da Saúde, se não há previsão de novo ciclo o paciente pode ser vacinado três meses após a quimioterapia (venosa ou oral), mas quem fez uso de medicamento anticélula B ou de Fludarabina deve aguardar seis meses.
Apesar de importante, a vacinação não é o único meio de prevenção contra a febre amarela e quem está com algum tipo de imunodepressão pode se proteger. Como a transmissão urbana só é possível por meio da picada de mosquitos Aedes aegypti, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados. Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda de curta duração (no máximo 10 dias) e de gravidade variável. Os sintomas são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengiva, nariz, estômago, intestino e urina).
Saiba mais sobre a febre amarela no Ministério da Saúde.
Isso porque a vacina contra a febre amarela é do tipo atenuada: feita com o vírus vivo, porém sem capacidade de desenvolver a doença em um organismo que consegue produzir anticorpos contra sua ação. A ideia é injetar esse vírus "quebrado” para que o corpo crie as defesas contra ele e esteja devidamente protegido se for atacado de verdade. Além da febre amarela, as vacinas contra caxumba, poliomielite, rubéola, sarampo, varicela e varíola são feitas com vírus atenuados, assim como a tríplice viral.
Acontece que pacientes imunodeprimidos, cujas defesas imunológicas do organismo estão fragilizadas, não estão em sua capacidade total de produzir anticorpos em tempo hábil mesmo contra um vírus atenuado. É o caso de pacientes em quimioterapia, que tem como um dos seus efeitos colaterais a queda da imunidade, e de alguns tipos de câncer que causam imunodepressão, como leucemias, linfomas e mieloma múltiplo. Essas pessoas, orienta o oncologista clínico Rafael Kaliks, diretor científico voluntário do Instituto Oncoguia, não devem ser vacinadas.
Já quem está em radioterapia, a depender do tipo de câncer, pode ser vacinado. Mas, enfatiza Kaliks, "cada paciente deve tratar pessoalmente com seu médico antes de vacinar”. A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alerta que a vacina pode gerar reações adversas, ainda, em idosos, gestantes e mulheres em fase de amamentação.
Pacientes que já concluíram seu tratamento quimioterápico podem ser vacinados após um período que pode ir de três a seis meses, mas também precisam tomar a decisão junto ao seu médico. De acordo com o Ministério da Saúde, se não há previsão de novo ciclo o paciente pode ser vacinado três meses após a quimioterapia (venosa ou oral), mas quem fez uso de medicamento anticélula B ou de Fludarabina deve aguardar seis meses.
Apesar de importante, a vacinação não é o único meio de prevenção contra a febre amarela e quem está com algum tipo de imunodepressão pode se proteger. Como a transmissão urbana só é possível por meio da picada de mosquitos Aedes aegypti, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados. Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda de curta duração (no máximo 10 dias) e de gravidade variável. Os sintomas são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengiva, nariz, estômago, intestino e urina).
Saiba mais sobre a febre amarela no Ministério da Saúde.