Plano de Saúde nem sempre autoriza tudo...
Nem sempre ter um plano de saúde é garantia de ausência de desafios. Mara Heleno Fernandes, de 55 anos, começou a sentir dores no estômago e mal-estar em março de 2017, quando procurou o pronto socorro do seu convênio, Intermédica NotreDame. Os médicos que a atenderam sugeriram a realização de uma tomografia que apresentou uma massa de 21 centímetros em seu ovário. Com o exame em mãos, ela consultou três ginecologistas e todas disseram que seu caso era de urgência. Uma delas a indicou procurar o Hospital IBCC.
Ao passar com um oncologista do IBCC, Mara foi encaminhada para cirurgia. “Consegui realizar a cirurgia um mês depois da tomografia que apontou a massa. Mas antes foi preciso brigar muito com o convênio que não queria liberar o procedimento. Depois de muita briga verbal e com a ouvidoria, conseguimos na véspera da data marcada a aprovação”, conta.
Na cirurgia, foram retirados os ovários, o útero, a vesícula e mais de 20 linfonodos. Posteriormente, a biópsia confirmou que Mara estava mesmo com câncer de ovário. A seguir, o médico indicou a realização de seis sessões de quimioterapia. “Foi mais uma luta porque o convênio não queria autorizar que eu fizesse a quimioterapia no IBCC que era o hospital onde eu vinha me tratando desde o início. Eles diziam que tinham uma unidade própria para este tipo de tratamento e que eu tinha que fazer a quimio lá.” Depois de muita insistência e mais uma vez, muitas discussões com a ouvidoria do convênio, finalmente autorizaram que ela seguisse com o tratamento no IBCC.
Ao fim das quimioterapias, Mara passou a fazer acompanhamentos trimestrais com oncologista. Um ano depois, em 2018, o médico solicitou a realização de um PETScan para investigar possíveis metástases ou outros tumores, mas a Intermédica Notre Dame negou a realização do exame.
“Nesse momento, liguei pro Oncoguia pelo 0800 para que me ajudassem. Fui orientada a ligar na ANS e, infelizmente, me disseram que o PETSCan não faz parte do rol para pacientes com câncer de ovário, então eu não poderia mesmo realizá-lo pelo convênio.” Mara então decidiu contratar um advogado particular para entrar com um processo contra o convênio e acabou conseguindo uma liminar para realizar o exame. “Deu tudo negativo, graças a Deus”, conta.
A importância do apoio e do acolhimento
Mara comenta que desde que recebeu a notícia de que estava com uma massa suspeita, procurou informações on-line e foi quando encontrou o Oncoguia. Ela lia sobre o tipo de câncer que tinha e até mesmo dicas sobre alimentação para poder estar mais bem preparada neste momento. Foi assim também que conheceu nosso canal Ligue Câncer e resolveu procurar orientação quando precisou.
“Quando a gente tem informação e suporte, isso ajuda muito. Essa atenção de vocês é de extrema importância. Ouvir palavras amenas e humanizadas nos deixa mais fortes. Sou muito grata a vocês e também à minha companheira Estela por todo apoio emocional e afetivo e por ter brigado por mim tantas vezes quando foi preciso”, conclui.
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E se você tiver alguma dúvida ou precisar de apoio e orientação, entre em contato com o Ligue Câncer pelo telefone 0800 773 1666. As ligações são gratuitas e atendemos de segunda a sexta, das 9h às 17h.