Plasmaferese no tratamento de macroglobulinemia de Waldenstrom
Se o nível da IgM de um paciente com macroglobulinemia de Waldenstrom subir muito, o sangue torna-se muito espesso (viscoso). Isso é denominado síndrome de hiperviscosidade e pode levar a danos cerebrais e hemorragia. Quando isto acontece, o nível da proteína IgM anormal precisa ser reduzido imediatamente.
A plasmaferese, também conhecida como troca de plasma, faz isso através de uma máquina que separa o plasma que contém a proteína IgM anormal das células sanguíneas. O plasma que contém essa proteína anormal é descartado, enquanto que as células sanguíneas são misturadas com uma solução salina e o novo plasma é devolvido ao corpo do paciente.
A plasmaferese é realizada em poucas horas, com o paciente deitado na cama ou sentado numa cadeira reclinável. O sangue é removido por via intravenosa, passa por uma máquina onde é substituído, e, em seguida, é devolvido para o corpo através de outra via intravenosa. Às vezes, é realizada uma pequena cirurgia antes do procedimento para colocação de um cateter.
A plasmaferese não é dolorosa, mas pode ser bastante cansativo ficar sentado ou deitado no mesmo lugar por duas ou três horas. O nível do cálcio pode cair em alguns pacientes durante o tratamento, causando dormência, formigamento e espasmos musculares. Entretanto, pode ser tratado com reposição de cálcio ao paciente.
A plasmaferese age rapidamente na redução do nível da IgM. No entanto, não trata a causa do aumento da IgM, por isso voltará a subir novamente sem um tratamento adicional, como a quimioterapia. A plasmaferese é geralmente administrada para ajudar o paciente até que a quimioterapia ou outros medicamentos comecem a agir. Ela também pode ser realizada em pacientes cuja doença não é controlada por outros tratamentos.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 19/07/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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