Como prevenir o linfoma não Hodgkin em crianças

Prevenção é o adiamento ou a eliminação de condições específicas que poderiam contribuir para o desenvolvimento de uma doença por meio de intervenções de eficácia comprovada.

O risco de muitos tipos de câncer em adultos pode ser reduzido com certas mudanças no estilo de vida, como manter um peso saudável ou parar de fumar. Já para crianças, ainda não existem formas conhecidas de prevenir grande parte dos cânceres infantis.

A maioria das crianças com linfoma não Hodgkin não tem fatores de risco conhecidos que podem ser alterados, por isso não há maneira de se proteger contra esses linfomas. Por enquanto, a melhor maneira de reduzir o risco de linfoma não Hodgkin é tentar prevenir os fatores de risco conhecidos, como um sistema imunológico enfraquecido.

A infecção com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) é uma causa evitável de deficiência imunológica. O HIV é transmitido principalmente entre os adultos por meio de relações sexuais desprotegidas e por usuários de drogas injetáveis que compartilham agulhas contaminadas. As crianças adquirem a infecção pelo HIV a partir do contato com o sangue da mãe, geralmente antes ou durante o parto. Tratar a mulher grávida com medicamentos anti-HIV pode reduzir muito o risco de infectar o bebê. O HIV pode ser transmitido pelo leite materno, por isso, mães HIV-positivas são orientadas a não amamentar.

Alguns casos de linfoma não Hodgkin são causados pelo tratamento de outros tipos de câncer com radioterapia e quimioterapia, ou pelo uso de medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição de órgãos transplantados. Os pesquisadores estão tentando encontrar melhores maneiras de tratar essas condições, sem aumentar o risco de linfoma. Atualmente, o baixo risco de desenvolver linfoma não Hodgkin anos mais tarde devido ao tratamento, deve ser ponderado com os próprios riscos da doença.

Como a maioria das crianças com linfoma não Hodgkin não tem fatores de risco conhecidos que possam ser alterados, é importante notar que não há nada que essas crianças ou seus pais poderiam ter feito para prevenir a doença.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 10/08/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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