Quando a lei dos 60 dias começa a valer?

Irene dos Santos Fonseca, de 42 anos, foi diagnosticada com câncer de intestino delgado e entrou em contato com o Canal Ligue Câncer depois que uma amiga indicou o Oncoguia para ela. Ela queria saber sobre seus direitos, questões como isenção de Imposto de Renda, transporte gratuito para realizar o tratamento, entre outros.

Ao procurar o Oncoguia em 09 de outubro, Irene contou para nossa especialista de atendimento que seu diagnóstico havia sido confirmado em 08 de agosto e que, até então, ela ainda não havia iniciado nenhum tratamento e também não tinha previsão de quando isso iria acontecer.

Nossa especialista, Vilmena Cruz a informou sobre a Lei dos 60 dias e orientou Irene a registrar uma reclamação na ouvidoria do Hospital Santa Catarina, onde estava sendo atendida. “Eu já sabia da existência da lei dos 60 dias, mas não entendia exatamente como funcionava. Pelo que eu sabia, os 60 dias começavam a contar a partir da consulta com um especialista e não no momento da confirmação da biópsia.”

Após a reclamação na ouvidoria, Irene conseguiu agendamento para passar com oncologista. Ao passar com a médica, ela falou sobre a lei e que seu tratamento já deveria ter iniciado, porém a médica lhe deu uma outra informação. “Ela disse que cada caso é um caso e que nem sempre é possível começar o tratamento em 60 dias porque algumas situações precisam ser melhor analisadas antes de determinar um tratamento.” Isso realmente pode acontecer, mas o tempo tem que ser sempre priorizado. 

Apesar dessa “informação”, logo após sair da consulta, Irene teve sua cirurgia agendada para o dia 22 de outubro. “Se considerar a lei certinho, demorou mais que 60 dias, mas pelo menos depois que eu argumentei com base na orientação que recebi do Oncoguia, as coisas foram rápidas.”

A cirurgia de Irene foi um sucesso. Os médicos conseguiram retirar todo o tumor e garantir uma margem de 30% de segurança. Além disso, a paciente não precisou da bolsa de colostomia. Irene, que é técnica de enfermagem, inclusive conseguiu retornar ao trabalho um mês após passar pelo procedimento

A importância de conhecer seu histórico familiar

No começo de 2019, Irene percebeu que suas fezes estavam estranhas e pareciam conter sangue. No entanto, ela achou que pudesse ser resíduo de alimentos e por algum tempo parou de comer tudo que fosse vermelho, mas as fezes continuaram alteradas.

Ela então procurou sua ginecologista e pediu para fazer uma colonoscopia. “Ela disse que eu era nova e ainda não estava no grupo que precisava da colono, então solicitou exames de sangue oculto nas fezes. Mas eu continuei incomodada com a situação e contei que meu pai teve problemas de intestino e minha mãe câncer de mama, então ela resolveu pedir a colonoscopia e foi quando deu o diagnóstico confirmando que era um câncer”, conta Irene.

E você, conhece o seu histórico familiar para câncer e outras doenças? Conversar com seus médicos sobre outros casos de câncer em parentes próximos pode te ajudar na prevenção e no diagnóstico precoce de um possível câncer. 

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