Quimioterapia para câncer de intestino delgado
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas senão também as células sadias do organismo.
Infelizmente, o adenocarcinoma de intestino delgado não é muito sensível à quimioterapia, por essa razão ela nem sempre faz parte do tratamento principal para esse tipo de câncer. Ainda assim, pode ser utilizada em algumas situações, como:
- Se a doença se disseminou (metástase) para outras partes do corpo.
- Após a retirada cirúrgica do tumor (tratamento adjuvante), para diminuir da recidiva.
- Como quimioterapia intraperitoneal para a doença que se disseminou para o peritônio.
Os medicamentos frequentemente utilizados no tratamento do câncer de intestino delgado incluem:
- Capecitabina.
- 5-Fluorouracil.
- Oxaliplatina.
- Irinotecano.
O 5-FU, muitas vezes, é administrado com leucovorina, uma vitamina que potencializa o efeito da medicação.
Como o câncer de intestino delgado é raro, poucos pacientes são tratados com quimioterapia. Isto dificulta saber quais medicamentos são os mais eficazes. Algumas das combinações de fármacos que parecem oferecer melhores resultados incluem:
- Capecitabina e oxaliplatina (CAPOX).
- 5-FU e leucovorina com oxaliplatina (FOLFOX).
- 5-FU e leucovorina com irinotecano (FOLFIRI).
Possíveis efeitos colaterais
Os quimioterápicos não só destroem as células cancerígenas, mas também danificam algumas células normais, o que pode levar a diversos efeitos colaterais. Esses efeitos dependem do tipo de medicamento utilizado, dose administrada e tempo de tratamento, podendo incluir:
- Náuseas e vômitos.
- Perda de apetite.
- Perda de cabelo.
- Feridas na boca.
- Diarreia.
- Risco de infecção, pela diminuição dos glóbulos brancos.
- Hemorragia ou hematomas, pela diminuição das plaquetas.
- Fadiga, pela diminuição dos glóbulos vermelhos.
Além desse, outros efeitos colaterais podem ser observados devido a determinados medicamentos, por exemplo:
Síndrome mão-pé. Pode ocorrer durante o tratamento com capecitabina ou 5-FU, que começa como vermelhidão nas mãos e pés, que pode progredir para dor e sensibilidade nas palmas das mãos e plantas dos pés. Não existe tratamento específico, embora alguns cremes possam ajudar. Estes sintomas melhoram gradualmente quando a dose é diminuída ou o tratamento interrompido.
Neuropatia. É um efeito colateral comum da oxaliplatina. Os sintomas incluem dormência, formigamento e dor nas mãos e pés. Também pode provocar sensibilidade intensa a quente e frio na garganta e esôfago. Isso pode provocar dor ao engolir líquidos.
Diarreia. É um efeito colateral comum de muitos medicamentos, mas pode ser pior com o irinotecano. Esse efeito deve ser tratado imediatamente para evitar a desidratação.
A maioria dos efeitos colaterais é temporária e cessam após o término do tratamento. Mas os medicamentos quimioterápicos podem causar alguns efeitos de longa duração ou mesmo de forma permanente. Converse com seu médico sobre as medicações que serão utilizadas e os possíveis efeitos que você possa ter.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Quimioterapia.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 08/02/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.