Radioterapia para linfoma de Hodgkin

O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas que formam um tumor. É especialmente útil quando o linfoma de Hodgkin está localizado em apenas uma região do corpo.
 
Nos casos, nos quais o linfoma de Hodgkin envolve uma grande massa tumoral, apenas a quimioterapia ou radioterapia isolada não tem efeito curativo, mas combinados são geralmente eficazes no combate à doença. A radioterapia também pode ser usada isoladamente no tratamento de alguns casos de linfoma de Hodgkin predominantemente linfocitário nodular.
 
A radioterapia é útil para destruir as células cancerígenas do linfoma de Hodgkin. Mas, ao longo dos anos, se tornou claro que a quimioterapia também é eficaz no tratamento da doença. Com isso, os médicos estão prescrevendo menos radioterapia devido aos possíveis efeitos colaterais de longa duração.
 
O tratamento radioterápico consiste em irradiar o órgão alvo com doses fracionadas. O tratamento é realizado cinco vezes na semana, durante um período de algumas semanas a meses.
 
Radioterapia de local envolvido ISRT. Muitos médicos preferem esta forma de tratamento radioterápico para o linfoma de Hodgkin. A irradiação é direcionada apenas aos linfonodos que originalmente continham a doença.
 
Radioterapia de campo envolvido IFRT. Esta era a forma de radioterapia para o linfoma de Hodgkin usada até recentemente, mas agora vem sendo substituída pela ISRT. Nesta técnica, apenas as regiões dos linfonodos que contêm o linfoma de Hodgkin são irradiados, mas isso inclui áreas de tratamento maiores do que na ISRT.
 
Radioterapia de campo estendido. Essa técnica, usada no passado, consistia na irradiação das principais áreas dos linfonodos que continham o linfoma, bem como nas vias consideradas “normais” de linfonodos, considerando que o linfoma poderia ter se disseminado, mesmo que não fosse possível diagnosticar a doença nessas áreas. Atualmente, como quase todos os pacientes com linfoma de Hodgkin são tratados com quimioterapia, a radioterapia de campo estendido raramente é usada.

  • Se o linfoma estava localizado na parte superior do corpo (técnica de manto), o campo de radiação incluía os linfonodos do pescoço, tórax e axilas. Às vezes, podia incluir também os linfonodos do abdômen superior.
  • A radioterapia com o campo de Y invertido incluía os linfonodos do abdômen superior, baço e linfonodos pélvicos.
  • Quando a radioterapia do campo Y invertido era administrada junto com a de manto, a combinação era denominada irradiação nodal total.

Irradiação de corpo inteiro. Para os pacientes que fazem transplantes de células-tronco, a radioterapia de corpo inteiro é administrada junto com doses elevadas de quimioterapia, para destruir as células de linfoma no corpo.
 
Possíveis efeitos colaterais
 
Os efeitos colaterais da radioterapia dependem do local irradiado e da dose de radiação, podendo incluir:

  • Alterações na pele.
  • Sensação de cansaço.
  • Boca seca.
  • Náuseas.
  • Diarreia.

A radioterapia administrada em várias áreas, especialmente após a quimioterapia, pode diminuir as taxas sanguíneas e aumentar o risco de infecções.
 
A radioterapia também pode ter efeitos de longo prazo, incluindo:

  • Risco aumentado de desenvolver outro câncer na região do corpo que foi exposta à radiação.
  • Danos à glândula tireoide que podem levar a fadiga e ganho de peso.
  • Risco aumentado de doença cardíaca e problemas pulmonares devido a irradiação da região do tórax.
  • Risco aumentado de derrame a longo prazo após a irradiação na região do pescoço.
  • Em crianças: crescimento ósseo lento e dependendo da região irradiada pode resultar em deformidades ou ausência de crescimento para a altura total estimada. A radioterapia da parte inferior do corpo tanto em crianças como em adultos jovens pode afetar a fertilidade.

Para reduzir o risco desses efeitos colaterais, as doses de radiação devem ser calculadas com exatidão e os feixes direcionados com a maior precisão possível.
 
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Radioterapia.
 
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/05/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Este conteúdo ajudou você?

Avaliação do Portal

1. O conteúdo que acaba de ler esclareceu suas dúvidas?
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
2. De 1 a 5, qual a sua nota para o portal?
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
3. Com a relação a nossa linguagem:
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
4. Como você encontrou o nosso portal?
5. Ter o conteúdo da página com áudio ajudou você?
Esse site é protegido pelo reCAPTCHA e a política de privacidade e os termos de serviço do Google podem ser aplicados.
Multimídia

Acesse a galeria do TV Oncoguia e Biblioteca

Folhetos

Diferentes materiais educativos para download

Doações

Faça você também parte desta batalha

Cadastro

Mantenha-se conectado ao nosso trabalho