[REPORTAGEM] A persuasiva e a cuidadora
Um dos mais expressivos poetas brasileiros do século XX, Carlos Drummond de Andrade, disse certa vez que "Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer”.
Possivelmente, há quem enxergue no provérbio uma ponta de machismo, já que homens e mulheres são igualmente capazes de grandes feitos! Mas, não se pode contestar que a mulher, com o instinto natural à maternidade - que lhe confere a habilidade inata para o cuidar do outro - representa papéis deliberativos nas decisões do homem.
Quando o assunto é a saúde a verdade é ainda mais evidente. Comumente, é a mulher quem insiste ao seu parceiro para que visite o médico periodicamente, faça exames de rotina, alimente-se bem, proteja a pele do sol.
É ou não é?
No Mês de Conscientização do Câncer de Próstata, o Instituto Oncoguia conta a história de duas mulheres que tomaram a dianteira nos cuidados à saúde de seus companheiros, insistindo para que realizassem os exames de rastreamento, acompanhando-os nas consultas, segurando suas mãos no momento difícil do diagnóstico, vibrando com a sua recuperação.
A Persuasiva
Vera Scaciotti, 66, chegou a sua casa às oito horas da noite, após enfrentar o trânsito de São Paulo num dia de chuva. Tirou as compras do carro, ajeitou-as nas prateleiras e, com prontidão e disposição, contou ao Portal Oncoguia que há 8 anos atrás "martelou na cabeça” do seu marido, Arnaldo Veicer, 80, para realizar o exame de PSA – que pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela próstata, que aponta para um indício do câncer naquele órgão.
Saiba mais sobre o PSA
"Aconteceu quando o marido de uma grande amiga foi diagnosticado com câncer de próstata e precisou passar por uma cirurgia. Eu perguntei (...) Arnaldo, você já fez esse exame? E ele disse (...) Não!”, lembra Vera.
"Pois agora passará a fazer”, falou incisiva ao esposo na ocasião.
Ano a ano, Vera lembrava Arnaldo sobre o exame, que o marido nunca mais deixou de realizar. No ano passado, após uma série de resultados alterados, o médico urologista sugeriu que Arnaldo passasse por uma biópsia. O resultado foi positivo para o câncer de próstata em estágio inicial.
Resultado nas mãos, Vera acompanhou o marido em consultas com diversos especialistas, até o casal sentir-se seguro com a definição do segmento terapêutico.
"Por conta da idade de Arnaldo, os médicos foram unânimes em dizer que ele não deveria passar pela cirurgia nem pelo tratamento adjuvante, pois a doença não tendia a avançar”.
A esposa de Arnaldo teve papel decisivo no seu diagnóstico. Foi descoberto em estágio muitíssimo inicial pois ela estava por perto.
Lembrando, insistindo, conduzindo, acompanhando.
"Com certeza esse é um papel dos tantos que a mulher tem. E eu faço mesmo! Martelo na cabeça dele para que se cuide.”, afirma. E não é só ao marido que ela faz recomendações estritas. O irmão e o filho também estão na sua ‘mira’.
"Meu filho já está nos 40. Meu irmão tem 62. Estou atenta a saúde deles, assim como estou atenta à minha!”.
A cuidadora
Já na conversa por telefone percebe-se que Mari – Mariléia Marcondes Moreno Pinheiro, 52 anos – tem aptidão para o cuidar carinhoso e irrestrito. Voz mansa e cordial, conversa leve e disposta, mesmo quando fala de dias tristes.
A paulistana, que dias antes da entrevista acompanhava de perto sua mãe, que passara por uma cirurgia, já ficou frente a frente com o câncer em diferentes momentos da vida. Perdeu seu primeiro esposo, com quem foi casada por 25 anos, para um agressivo câncer de estômago e enfrentou a leucemia de um dos filhos, quando ele era ainda criança.
"É dolorido, tem momentos de angústia, mas é preciso ter muita força. Mas não sou modelo de pessoa que se desespera, sabe? Pelo contrário. Sou muito forte e sempre me seguro em orações”, diz.
E Mari, resignada, cuidou.
Cuidou do primeiro marido ("com a certeza de que dei o melhor de mim”), cuidou do filho e há pouco cuidou do seu Roberto, o seu segundo esposo que enfrentou o câncer de próstata em estágio inicial.
Com palavras que emocionam, ela diz que no processo de tratamento de Roberto, ela cuidou e foi cuidada, amparou e foi amparada.
"Eu o ajudei com a minha experiência de cuidadora, com minha companhia e dedicação. O Roberto me ajudou pois ele sempre zelou por sua própria vida e saúde, o que me deixou e deixa tranquila”.
Roberto passou por cirurgia para retirada da próstata e, com diagnóstico em estágio inicial, não precisou passar pelo tratamento adjuvante. Em fase de controle, continua na dianteira de sua saúde e está muitíssimo bem!
"Trabalha, é super ativo, não teve nenhum efeito colateral com a cirurgia. Vida normal!”, diz Mari, rindo.
A cuidadora, por experiência e vocação, deixa dois importantes recados às esposas, namoradas, amigas, mães, mulheres leitoras do Portal Oncoguia:
"Primeiro, digo para que se cuidem, que cuidem da própria saúde em primeiro lugar. O segundo é que estejam sempre por perto de seu companheiro e, com amor, incentivem-no a cuidar-se”.
Possivelmente, há quem enxergue no provérbio uma ponta de machismo, já que homens e mulheres são igualmente capazes de grandes feitos! Mas, não se pode contestar que a mulher, com o instinto natural à maternidade - que lhe confere a habilidade inata para o cuidar do outro - representa papéis deliberativos nas decisões do homem.
Quando o assunto é a saúde a verdade é ainda mais evidente. Comumente, é a mulher quem insiste ao seu parceiro para que visite o médico periodicamente, faça exames de rotina, alimente-se bem, proteja a pele do sol.
É ou não é?
No Mês de Conscientização do Câncer de Próstata, o Instituto Oncoguia conta a história de duas mulheres que tomaram a dianteira nos cuidados à saúde de seus companheiros, insistindo para que realizassem os exames de rastreamento, acompanhando-os nas consultas, segurando suas mãos no momento difícil do diagnóstico, vibrando com a sua recuperação.
A Persuasiva
Vera Scaciotti, 66, chegou a sua casa às oito horas da noite, após enfrentar o trânsito de São Paulo num dia de chuva. Tirou as compras do carro, ajeitou-as nas prateleiras e, com prontidão e disposição, contou ao Portal Oncoguia que há 8 anos atrás "martelou na cabeça” do seu marido, Arnaldo Veicer, 80, para realizar o exame de PSA – que pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela próstata, que aponta para um indício do câncer naquele órgão.
Saiba mais sobre o PSA
"Aconteceu quando o marido de uma grande amiga foi diagnosticado com câncer de próstata e precisou passar por uma cirurgia. Eu perguntei (...) Arnaldo, você já fez esse exame? E ele disse (...) Não!”, lembra Vera.
"Pois agora passará a fazer”, falou incisiva ao esposo na ocasião.
Ano a ano, Vera lembrava Arnaldo sobre o exame, que o marido nunca mais deixou de realizar. No ano passado, após uma série de resultados alterados, o médico urologista sugeriu que Arnaldo passasse por uma biópsia. O resultado foi positivo para o câncer de próstata em estágio inicial.
Resultado nas mãos, Vera acompanhou o marido em consultas com diversos especialistas, até o casal sentir-se seguro com a definição do segmento terapêutico.
"Por conta da idade de Arnaldo, os médicos foram unânimes em dizer que ele não deveria passar pela cirurgia nem pelo tratamento adjuvante, pois a doença não tendia a avançar”.
A esposa de Arnaldo teve papel decisivo no seu diagnóstico. Foi descoberto em estágio muitíssimo inicial pois ela estava por perto.
Lembrando, insistindo, conduzindo, acompanhando.
"Com certeza esse é um papel dos tantos que a mulher tem. E eu faço mesmo! Martelo na cabeça dele para que se cuide.”, afirma. E não é só ao marido que ela faz recomendações estritas. O irmão e o filho também estão na sua ‘mira’.
"Meu filho já está nos 40. Meu irmão tem 62. Estou atenta a saúde deles, assim como estou atenta à minha!”.
A cuidadora
Já na conversa por telefone percebe-se que Mari – Mariléia Marcondes Moreno Pinheiro, 52 anos – tem aptidão para o cuidar carinhoso e irrestrito. Voz mansa e cordial, conversa leve e disposta, mesmo quando fala de dias tristes.
A paulistana, que dias antes da entrevista acompanhava de perto sua mãe, que passara por uma cirurgia, já ficou frente a frente com o câncer em diferentes momentos da vida. Perdeu seu primeiro esposo, com quem foi casada por 25 anos, para um agressivo câncer de estômago e enfrentou a leucemia de um dos filhos, quando ele era ainda criança.
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E Mari, resignada, cuidou.
Cuidou do primeiro marido ("com a certeza de que dei o melhor de mim”), cuidou do filho e há pouco cuidou do seu Roberto, o seu segundo esposo que enfrentou o câncer de próstata em estágio inicial.
Com palavras que emocionam, ela diz que no processo de tratamento de Roberto, ela cuidou e foi cuidada, amparou e foi amparada.
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