Monitorando a resposta ao tratamento do Câncer de Mama Avançado
Os tumores frequentemente desenvolvem resistência (param de responder) aos medicamentos usados no tratamento do câncer de mama avançado. Assim, é comum modificar as terapias com o passar do tempo. Geralmente, ao iniciar um tratamento medicamentoso, o médico acompanha a paciente para observar se:
- O tratamento controla o crescimento do tumor.
- Os efeitos colaterais do tratamento podem ser aceitáveis.
Durante o tratamento são realizadas consultas que podem variar em frequência, dependendo do tipo de tratamento e das condições da paciente, nas quais o médico faz um exame físico e solicita exames de imagem, como raios X ou tomografia computadorizada, para verificar se a doença está respondendo ao tratamento. Isso é denominado reestadiamento. Se o tratamento é eficaz e a paciente tolerar os efeitos colaterais, no momento do reestadiamento, o tratamento geralmente continua. Se o tratamento não for eficaz é modificado, de forma geral os medicamentos são trocados por outras opções medicamentosas.
Marcadores tumorais
Em alguns casos, os exames de sangue para os marcadores tumorais também podem ser realizados para monitorar a resposta da doença ao tratamento. Podem ser solicitados periodicamente os marcadores tumorais CA15-3 ou CA27.29. Não existe nesses marcadores uma pontuação que signifique que o tumor se disseminou e que a doença progrediu. Se o resultado desse exame mostra valores que aumentam ou diminuem pode fornecer algumas informações sobre a disseminação do tumor, mas isto tem que ser confirmado com documentação da progressão da lesão em exames de imagem.
Os marcadores tumorais não são úteis para todos os casos. Algumas pacientes com resultados elevados dos marcadores não apresentam doença, enquanto outras com tumores em crescimento podem apresentar níveis normais.
Texto originalmente publicado no site da Susan G. Komen, em 29/06/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.