Mutação BRCA1 ou BRCA2 e aumento do risco de câncer de mama e câncer de ovário
Câncer de mama. A população feminina em geral, que não apresenta mutação genética, tem cerca de 7% de chance de desenvolver câncer de mama até os 70 anos. Esse risco ao longo da vida é cerca de 12%.
As mulheres portadoras de mutação BRCA1 ou BRCA2 que tiveram câncer de mama têm uma chance maior do que a média de ter uma recidiva da doença. Os cânceres relacionados à mutação BRCA1 também têm maior probabilidade de serem cânceres de mama triplo negativo, mais agressivo e difícil de ser tratado.
Câncer de ovário. Cerca de 1,3% das mulheres na população em geral desenvolverão câncer de ovário em algum momento de suas vidas. Para portadoras da mutação, estima-se que 44% das mulheres que herdam uma mutação BRCA1 e 17% das que herdam uma mutação BRCA2 desenvolverão a doença até os 80 anos.
Embora ser diagnosticada com uma mutação nos genes BRCA1 ou 2 aumente o risco de câncer de ovário comparando com as pessoas que não tem a mutação, isso não significa que essas pessoas tenham um pior prognóstico nem que irão, obrigatoriamente, desenvolver a doença. Porém o risco ao longo da vida de uma mulher desenvolver câncer de mama e/ou câncer de ovário aumenta se ela herdar uma mutação BRCA1 ou BRCA2.
Pacientes com mutação BRCA1 ou 2 podem reduzir o risco de câncer de ovário fazendo ooforectomia profilática (remoção cirúrgica dos ovários), que também pode diminuir o risco de câncer de mama.
Texto originalmente publicado nos sites National Cancer Institute (30/01/2018), National Breast Cancer Foundation (25/09/2020) e Susan G. Komen (25/02/2020), livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.