Síndrome da dor pós-mastectomia
Após a cirurgia do câncer de mama, algumas mulheres têm problemas com dores (neuropatia) na parede torácica, axilas e/ou no braço, que não desaparecem com o tempo, o que é denominado síndrome da dor pós-mastectomia, porque foi observada pela primeira vez em mulheres que fizeram mastectomias, mas também pode ocorrer após outros tipos de cirurgia, como a cirurgia conservadora da mama.
Sintomas da síndrome da dor pós-mastectomia
Os sintomas clássicos da síndrome da dor pós-mastectomia são dor e formigamento na parede torácica, axila e/ou braço. A dor também pode ser sentida no ombro ou na cicatriz cirúrgica. Outros sintomas comuns incluem dormência, dor aguda, formigamento ou coceira intensa. A maioria das mulheres com síndrome da dor pós-mastectomia relata que seus sintomas não são severos.
Ocorrência da síndrome da dor pós-mastectomia
Estudos mostraram que entre 20% e 30% das mulheres desenvolvem sintomas da síndrome da dor pós-mastectomia, sendo mais comum após procedimentos que removem tecidos da parte superior externa da mama ou da área das axilas.
Acredita-se que a síndrome da dor pós-mastectomia esteja relacionada a lesões provocadas nos nervos da região da axila e do tórax durante a cirurgia. Mas as causas ainda são desconhecidas. Mulheres mais jovens, que fizeram a dissecção completa dos linfonodos axilares, não apenas a biópsia do linfonodo sentinela, e realizaram radioterapia após a cirurgia, têm maior probabilidade de apresentar a síndrome da dor pós-mastectomia. Como, atualmente, a dissecção completa dos linfonodos axilares é feita com menos frequência, a síndrome da dor pós-mastectomia é menos comum do que antigamente.
Gerenciando a síndrome da dor pós-mastectomia
É importante conversar com seu médico sobre qualquer dor que esteja sentindo. A síndrome da dor pós-mastectomia pode fazer com que você não use o braço da maneira que deveria e, com o tempo, poderá perder a capacidade de usá-lo normalmente.
A síndrome da dor pós-mastectomia pode ser tratada. Existem medicamentos e tratamentos que mostram boa resposta nesse tipo de dor, converse com seu médico para saber como gerenciar a dor.