Câncer de bexiga
A maioria dos cânceres de bexiga são carcinomas de células transicionais, que se originam nas células que normalmente compõem o revestimento interno da bexiga.
Tipos de câncer de bexiga
Carcinoma urotelial (Carcinoma de células transicionais). O carcinoma urotelial, também conhecido como carcinoma de células transicionais, ou de transição, é o tipo mais frequente de câncer de bexiga. Esses cânceres se originam nas células uroteliais que revestem o interior da bexiga. Essas células também revestem outras partes do trato urinário, como parte do rim, ureteres e uretra.
Carcinoma urotelial com diferenciação divergente. Esse tipo de câncer urotelial contêm pequenas áreas que são formadas por diferentes células, além das de transição, e se assemelham a alguns dos outros tipos de câncer de bexiga. Isso é conhecido como diferenciação divergente. Por exemplo, o tumor pode conter áreas de diferenciação escamosa (células escamosas) ou glandular (células glandulares). Mas, na maioria das vezes, isso não afeta as opções de tratamento.
Outros tipos de cânceres de bexiga
Outros tipos de câncer podem se originar na bexiga, mas são muito menos frequentes do que o câncer de células transicionais:
- Carcinoma espinocelulares. De 3% a 5% dos cânceres de bexiga são carcinomas espinocelulares nos Estados Unidos, segundo a Sociedade Americana de Câncer. Não há estatísticas oficiais sobre o número no Brasil, mas estima-se que se siga a mesma proporção. Quando vistos sob um microscópio, suas células - escamosas - se parecem com as células planas encontradas na superfície da pele.
- Adenocarcinoma. Apenas 1% a 2% dos cânceres de bexiga são adenocarcinomas. Esses cânceres começam nas células formadoras de glândulas (glandulares).
- Carcinoma de pequenas células. Menos de 1% dos cânceres de bexiga são carcinomas de pequenas células e começam nas células neuroendócrinas. Esses cânceres são tipicamente tratados com quimioterapia, assim como é o caso do carcinoma de pequenas células do pulmão.
- Sarcoma. Os sarcomas se iniciam nas células do músculo da bexiga, mas são raros.
Câncer de bexiga invasivo versus não invasivo
Os cânceres de bexiga são classificados em conforme sua agressividade – se cresceram para atingir a camada muscular principal ou não. Isso é importante para definir o protocolo de tratamento.
- Não invasivos. Quando o câncer não cresceu na camada muscular. É descrito como um câncer superficial de bexiga e estão incluídos neste grupo os tumores de bexiga não invasivos (estágio 0), bem como alguns cânceres invasivos precoces (estágio I).
- Invasivos. O câncer já cresceu na camada muscular mais profunda. Esses tipos de câncer são mais propensos a se disseminarem e são mais difíceis de serem tratados.
Câncer de bexiga não invasivo papilar versus câncer de bexiga não invasivo plano
No câncer de bexiga não invasivo, as células cancerígenas ainda estão limitadas à camada interna (epitélio de transição) da parede da bexiga e não cresceram para as camadas mais profundas. Esses tumores são divididos em dois subtipos, planos e papilares, com base na forma como crescem:
- Carcinoma não invasivo plano. Desenvolvem-se apenas na camada interna de células da bexiga, são conhecidos como carcinomas planos não invasivos ou carcinomas planos in situ.
- Carcinoma não invasivo papilar. Geralmente crescem em direção ao centro da bexiga. Diferentes termos podem ser usados para descrever esses tumores a partir da sua aparência ao microscópio: neoplasia urotelial papilar de baixo potencial maligno; carcinoma urotelial papilar de baixo grau não invasivo e carcinoma urotelial papilar de alto grau não invasivo.
Se um tumor papilar ou plano se desenvolve nas camadas mais profundas da bexiga, é denominado carcinoma de células transicionais invasivo.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 12/03/2024, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.