Taxa de Sobrevida dos Tumores Cerebrais/SNC
As taxas de sobrevida são utilizadas pelos médicos como uma forma padronizada para a discussão do prognóstico de um paciente.
A taxa de sobrevida em 5 anos se refere à porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença. A taxa de sobrevida não prevê quanto tempo cada pessoa viverá, mas permite entender a probabilidade de sucesso do tratamento.
As taxas de sobrevida são baseadas em resultados anteriores de um grande número de pessoas que tiveram a doença, mas não se pode prever o que vai acontecer no caso específico de um paciente. Essas estatísticas podem ser confusas e podem gerar dúvidas, portanto converse com seu médico, só ele tem amplo conhecimento de seu caso e poderá dizer como esses dados se aplicam ao seu caso em particular.
A taxa de sobrevida relativa compara as pessoas com um determinado tipo e estágio de câncer na população em geral. Por exemplo, se a taxa de sobrevida relativa em 5 anos para um estágio específico de tumor cerebral é de 70%, isso significa que as pessoas portadoras de tumor cerebral têm, em média, 70% de probabilidade de estarem vivas pelo menos 5 anos após o diagnóstico, comparando com as pessoas que não tem a doença. Mas, saiba que muitos desses pacientes vivem mais do que 5 anos após o diagnóstico.
Os números abaixo são do Registro Central de Tumores Cerebral dos Estados Unidos (CBTRUS) e estão baseados em pacientes tratados entre 2001 e 2015. Como observado abaixo, para alguns tipos de tumores cerebrais e do SNC, esses números variam amplamente por idade, com pessoas mais jovens tendendo a ter um prognóstico melhor do que os mais idosos.
Tipo de Tumor |
Taxa de Sobrevida em 5 anos |
||
Idade |
|||
20 a 44 anos |
45 a 54 anos |
55 a 64 anos |
|
Astrocitoma de baixo grau |
73% |
46% |
23% |
Astrocitoma anaplásico |
58% |
29% |
15% |
Glioblastoma |
22% |
9% |
6% |
Oligodendroglioma |
90% |
82% |
69% |
Oligodendroglioma anaplásico |
76% |
67% |
45% |
Ependimona e ependimona anaplásico |
92% |
90% |
87% |
Meningioma |
84% |
79% |
74% |
Observações sobre as estatísticas acima:
- Essas estatísticas não levam em consideração outros fatores, como localização do tumor, se pode ser completamente removido e se as células tumorais apresentam determinadas alterações cromossómicas, que podem afetar o prognóstico do paciente.
- Os pacientes diagnosticados atualmente com tumores cerebrais ou da medula espinhal podem ter um prognóstico melhor do que mostrado nos dados acima. As recentes melhorias e avanços nas opções terapêuticas podem resultar em um prognóstico mais favorável para os pacientes diagnosticados e tratados atualmente.
- Essas estatísticas estão baseadas no estágio do câncer no momento do diagnóstico.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 05/05/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.