Taxa de Sobrevida para Câncer de Esôfago por Estágio
As taxas de sobrevida são utilizadas pelos médicos como uma forma padronizada de discussão do prognóstico de um paciente.
A taxa de sobrevida em 5 anos se refere à porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença. A taxa de sobrevida não prevê quanto tempo cada pessoa viverá, mas permite entender a probabilidade de sucesso do tratamento.
As taxas de sobrevida são baseadas em resultados anteriores de um grande número de pessoas que tiveram a doença, mas não se pode prever o que vai acontecer no caso específico de um paciente. Essas estatísticas podem ser confusas e podem gerar dúvidas, portanto converse com seu médico, só ele tem amplo conhecimento de seu caso e poderá dizer como esses dados se aplicam ao seu caso em particular.
A taxa de sobrevida relativa compara as pessoas com um determinado tipo e estágio de câncer na população em geral. Por exemplo, se a taxa de sobrevida relativa em 5 anos para um estágio específico de câncer de esôfago é de 60%, isso significa que as pessoas portadoras de câncer de esôfago têm, em média, 60% de probabilidade de estarem vivas pelo menos 5 anos após o diagnóstico, comparando com as pessoas que não tem a doença. Mas, saiba que muitos desses pacientes vivem mais do que 5 anos após o diagnóstico.
Os números abaixo são do banco de dados do Instituto Nacional de Câncer Americano (SEER - Surveillance, epidemiology, and end results), que rastreia as taxas de sobrevida em 5 anos para o câncer de esôfago. No entanto, esse banco de dados não agrupa os cânceres pelo sistema de estadiamento TNM, da AJCC e, sim como:
- Localizado. Não existe sinal de disseminação da doença.
- Regional. O tumor se disseminou para estruturas próximas ou linfonodos.
- À distância. O tumor se disseminou para outros órgãos ou linfonodos.
Os dados abaixo estão baseados em pacientes diagnosticados com câncer de esôfago entre 2009 e 2015.
Estágio SEER |
Taxa de Sobrevida em 5 anos |
Localizado |
47% |
Regional |
25% |
A distância |
5% |
Todos os estágios SEER combinados |
20% |
Essas estatísticas não separam os carcinomas de células escamosas dos adenocarcinomas, embora geralmente se acredite que as pessoas com adenocarcinomas tenham um prognóstico um pouco mais favorável.
Observações sobre as estatísticas acima:
- Os pacientes diagnosticados atualmente com câncer de esôfago podem ter um prognóstico melhor do que mostrado nos dados acima. As recentes melhorias nas técnicas de tratamento podem resultar em um prognóstico mais favorável para os pacientes que estão sendo agora diagnosticados e tratados atualmente.
- Essas estatísticas estão baseadas no estágio do câncer no momento do diagnóstico.
- Essas estatísticas não levam em consideração outros fatores, como idade, estado geral de saúde e como a doença responde ao tratamento, que podem afetar o prognóstico do paciente.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 20/03/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.