Terapia-alvo para câncer de bexiga
Terapia-alvo é um tipo de tratamento contra o câncer que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar as células cancerígenas de forma mais exclusiva, causando poucos danos às células normais. Cada tipo de terapia-alvo funciona de uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como uma célula cancerígena cresce, se divide, se auto repara, ou como interage com outras células.
A terapia-alvo age de forma diferente dos quimioterápicos e, por ser menos suscetível de afetar as células normais, seus efeitos colaterais não são tão intensos quanto os tratamentos convencionais.
Os medicamentos de terapia-alvo utilizados no tratamento do câncer de bexiga são divididos por tipo de alvo:
Inibidor do FGFR
Os receptores do fator de crescimento de fibroblastos (FGFRs) são um grupo de proteínas nas células cancerígenas da bexiga que podem ajudá-las a crescer. Em alguns tipos de câncer de bexiga, as células apresentam alterações nesses genes que controlam a quantidade de proteínas FGFR. Os medicamentos que têm como alvo as células com alterações no gene, chamados de inibidores de FGFR, podem tratar alguns pacientes com câncer de bexiga.
Erdafitinibe
Esse inibidor do FGFR pode ser usado no tratamento do câncer de bexiga localmente avançado ou metastático com determinadas alterações no gene FGFR3 e que ainda apresenta crescimento apesar do tratamento com quimioterapia. Ele é administrado por via oral, uma vez ao dia.
Os efeitos colaterais frequentes incluem feridas na boca, sensação de cansaço, alterações na função renal ou hepática, diarreia, boca seca, alterações nas unhas, alterações nos níveis minerais no sangue (fosfato e sódio), perda de apetite, alterações no paladar, diminuição dos glóbulos vermelhos (anemia), pele seca, olhos secos e perda de cabelo. Outros efeitos colaterais podem incluir síndrome mão-pé (vermelhidão, inchaço, descamação ou sensibilidade nas mãos ou nos pés), constipação, dor abdominal, náuseas e dor muscular.
Este medicamento também pode provocar problemas oculares que podem leves ou graves. Portanto, os pacientes que tomam esse medicamento precisam fazer exames oftalmológicos regularmente e devem informar imediatamente ao médico se apresentarem visão turva, perda de visão ou qualquer outra alteração visual.
Conjugado anticorpo-droga
Os conjugados anticorpo-droga também podem ser considerados uma forma de terapia-alvo. Esses medicamentos são compostos de um medicamento quimioterápico ligado a um anticorpo monoclonal, que é uma versão produzida em laboratório de uma proteína do sistema imunológico projetada para se ligar a um alvo específico nas células cancerígenas. Uma vez dentro do corpo, a parte do anticorpo leva a quimioterapia diretamente às células cancerígenas.
Os conjugados anticorpo-droga usados no tratamento do câncer de bexiga incluem o enfortumabe vedotina e o sacituzumabe govitecano. (linkar à pagina que explica esses tratamentos)
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Terapia-alvo.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 12/03/2024, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.