Terapia-alvo para macroglobulinemia de Waldenstrom
À medida que os pesquisadores aprendem mais sobre as mudanças nas células que causam o câncer, eles têm sido capazes de desenvolver novos tipos de drogas que visam atacar receptores específicos.
A terapia-alvo consiste justamente nesse tratamento, que ataca especificamente essas moléculas, que sabidamente estão envolvidas no crescimento e disseminação das células cancerígenas.
Inibidores da tirosinaquinase de Bruton
Ibrutinibe e zanubrutinibe. Bloqueiam a proteína tirosinaquinase de Bruton nas células do linfoma, que normalmente ajuda as células a crescer e sobreviver. O ibrutinibe pode ser usado isoladamente ou em combinação com rituximabe no tratamento da macroglobulinemia de Waldenstrom, enquanto o zanubrutinibe é geralmente administrado isoladamente. Esses medicamentos são administrados por via oral, geralmente uma vez ou duas vezes ao dia.
Os efeitos colaterais frequentes incluem diarreia, erupção cutânea, dores musculares e ósseas, fadiga, tosse, hematomas e diminuição das taxas sanguíneas. Efeitos colaterais importantes podem incluir hemorragia, infecções e problemas no ritmo cardíaco.
Inibidores do proteassoma
Esses medicamentos impedem os complexos de enzimas (proteassomas) dentro das células de destruir as proteínas que normalmente ajudam a manter a divisão celular controlada.
Bortezomibe e carfilzomibe. Às vezes, são úteis no tratamento da macroglobulinemia de Waldenstrom. Esses medicamentos são administrados por infusão intravenosa, sendo que o bortezomibe também pode ser administrado por injeção subcutânea.
Embora esses medicamentos atuem de forma ligeiramente diferente da maioria dos medicamentos quimioterápicos, ainda podem provocar efeitos colaterais, incluindo diminuição das taxas sanguíneas, náuseas e perda de apetite. Eles também podem provocar problemas neurológicos, levando a dor nos pés e nas pernas.
Inibidores de mTOR
Esses medicamentos bloqueiam uma proteína celular conhecida como mTOR, que normalmente ajuda as células a crescer e se dividir em novas células.
Everolimus. É usado com mais frequência para tratar outros tipos de câncer, mas também se mostrou útil no tratamento da macroglobulinemia de Waldenstrom após a tentativa de outros tratamentos. Este medicamento é administrado via oral diariamente. Os efeitos colaterais frequentes incluem fadiga, dor bucal, erupção cutânea, diarreia e infecções.
Outros inibidores do mTOR, como temsirolimus, estão em fase de estudo para verificar se também podem ser úteis no tratamento da macroglobulinemia de Waldenstrom.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Terapia-alvo.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 02/09/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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