Terapia-alvo para câncer de nasofaringe
A medida que os pesquisadores aprendem mais sobre as mudanças nas células que causam o câncer, têm sido capazes de desenvolver novos tipos de drogas que visam atacar receptores específicos.
A terapia-alvo consiste justamente nesse tratamento, que ataca especificamente essas moléculas, que sabidamente estão envolvidas no crescimento e disseminação das células cancerígenas.
Medicamentos que têm como alvo células cancerígenas com alterações no EGFR
O receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) é uma proteína que ajuda as células cancerígenas a crescer. Um medicamento que tem como alvo o EGFR pode ser usado no tratamento de alguns tumores de nasofaringe.
Cetuximabe
O cetuximabe é um anticorpo monoclonal que tem como alvo receptor o fator de crescimento epidérmico (EGFR), uma proteína de superfície de certas células que a ajuda a crescer e se dividir. As células do câncer de nasofaringe têm muitas vezes quantidades maiores que as normais de EGFR. Ao bloquear o EGFR, o cetuximabe pode retardar ou impedir o crescimento celular.
O papel exato do cetuximabe no tratamento do câncer de nasofaringe ainda está sendo estudado. Ele pode ser usado junto com a quimioterapia em casos de recidiva ou quando a doença continua a evoluir após a quimioterapia inicial.
O cetuximabe é administrado por infusão intravenosa, uma ou duas vezes por semana.
Possíveis efeitos colaterais
Os possíveis efeitos colaterais podem incluir:
- Problemas na pele.
- Cefaleia.
- Cansaço.
- Febre.
- Diarreia.
- Náuseas e vômitos.
- Perda de peso.
Um efeito colateral raro, mas grave do cetuximabe é uma reação alérgica durante a primeira infusão, que pode levar a problemas respiratórios e diminuição da pressão arterial. Mas, o paciente receberá medicamentos antes do tratamento para evitar essa reação alérgica.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/08/2022, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.