Terapia-alvo para Câncer de Pele Basocelular e Espinocelular
A terapia alvo é um tipo de tratamento que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar especificamente às células cancerígenas, provocando pouco dano às células normais.
Inibidores da via Hedgehog
Vismodegib e sonidegib são terapias alvo usadas no tratamento de alguns tipos de câncer de pele basocelular avançado ou recidivado.
É raro que o câncer de pele basocelular atinja um estágio avançado, mas se isso acontecer o tratamento pode ser difícil. A maioria dos tumores de células basais tem alterações nos genes que fazem parte de uma sinalização celular denominada Hedgehog. A via Hedgehog é crucial para o desenvolvimento do embrião e do feto, além de ser importante em algumas células adultas, mas pode ser hiperativa em cânceres basocelulares. Esses medicamentos têm como alvo uma proteína dessa via.
Esses medicamentos são administrados por via oral, uma vez por dia. Em pacientes com tumores de células basais metastáticos ou que recidivaram após a cirurgia ou outros tratamentos locais, esses medicamentos diminuíram o tamanho do tumor, embora ainda não esteja claro se aumentou a sobrevida.
Os efeitos colaterais dessa medicação podem incluir espasmos musculares, dor nas articulações, perda de cabelo, fadiga, problemas com o paladar, falta de apetite, perda de peso, náuseas, vômitos, diarreia, coceira, constipação e interrupção temporária do ciclo menstrual.
Esse medicamento não deve ser administrado em mulheres grávidas ou que estão tentando engravidar por afetar o desenvolvimento fetal. Não se sabe ainda se esse medicamento poderia prejudicar o feto se for tomado por um parceiro masculino. Qualquer paciente que faça uso dessa medicação deve fazer controle de natalidade durante e após o tratamento.
Inibidores de EGFR
As células do câncer de pele espinocelular geralmente têm uma proteína em excesso denominada EGFR em suas superfícies que as ajuda a crescer. Os medicamentos que têm como alvo essa proteína, como o cetuximabe, mostraram reduzir alguns desses cânceres em estudos preliminares. Embora as evidências de seu uso até o momento sejam limitadas, podem ser úteis para alguns pacientes.
Os efeitos colaterais dos inibidores de EGFR podem incluir problemas de pele, diarreia, aftas e perda de apetite. Os problemas de pele podem incluir erupções cutâneas similares a acne no rosto e no tórax, que em alguns casos podem provocar infecções cutâneas.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 26/07/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
- Imunoterapia para Câncer de Pele Espinocelular Avançado
- Tratamento da Queratose Actínica e Doença de Bowen
- Tratamento do Carcinoma Espinocelular da Pele
- Tratamento do Carcinoma Basocelular
- Radioterapia para Câncer de Pele Basocelular e Espinocelular
- Quimioterapia para Câncer de Pele Basocelular e Espinocelular
- Tratamento Local para Câncer de Pele Basocelular e Espinocelular
- Cirurgia para Câncer de Pele Basocelular e Espinocelular