Terapia-alvo para sarcoma uterino

A medida que os pesquisadores aprendem mais sobre as mudanças nas células que causam o câncer, têm sido capazes de desenvolver novos tipos de drogas que visam atacar receptores específicos.
 
A terapia-alvo consiste justamente nesse tratamento, que ataca especificamente essas moléculas, que sabidamente estão envolvidas no crescimento e disseminação das células cancerígenas.
 
Inibidores de quinase
 
As quinases são proteínas que normalmente enviam sinais para a célula, por exemplo, para que a célula cresça ou se divida. Os medicamentos que bloqueiam certas quinases (inibidores de quinase) podem ajudar a interromper ou retardar o crescimento de alguns tumores.
 
O pazopanibe é uma terapia-alvo que pode ser usado no tratamento do leiomiossarcoma disseminado ou que recidivou após o tratamento.
 
Os efeitos colaterais incluem pressão alta, diarreia, náusea, dor de cabeça, vômitos e alterações na pele. Outros efeitos colaterais importantes podem incluir sangramento no pulmão ou perfuração intestinal.
 
Inibidores de TRK
 
Alguns sarcomas uterinos apresentam alterações em um dos genes NTRK. Essa alteração genética faz com que eles produzam proteínas TRK anormais, o que pode levar ao crescimento celular anormal e ao desenvolvimento do câncer.
 
O larotrectinibe e o entrectinibe são medicamentos que têm como alvo as proteínas TRK. Podem ser usados no tratamento de sarcomas uterinos avançados ou na recidiva da doença com alterações no gene NTRK.
 
Esses medicamentos são administrados por via oral, uma ou duas vezes ao dia.
 
Os efeitos colaterais frequentes dos inibidores de TRK incluem dores musculares e articulares, tosse, tontura, fadiga, náuseas e vômitos, constipação, febre, dor abdominal e diarreia.
 
Inibidores de PARP
 
O olaparibe, rucaparibe e niraparibe são inibidores de PARP. Ao bloquear a via PARP esses medicamentos tornam muito difícil para as células tumorais com um gene BRCA anormal reparar o DNA danificado, o que, muitas vezes, leva à morte essas células.
 
Menos de 10% das mulheres com leiomiossarcomas uterinos terão uma mutação BRCA2 e poderão se beneficiar de um desses inibidores de PARP.
 
As terapias-alvo olaparibe, rucaparibe e niraparibe podem ser usados no tratamento de leiomiossarcomas uterinos avançados, geralmente após a quimioterapia ter sido tentada.
 
Todos esses medicamentos são administrado por via oral, diariamente.
 
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
 
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 20/09/2022, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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