Tipos de células e tecidos do sistema nervoso central

O sistema nervoso central (SNC) é formado por vários tipos de tecidos e células:

  • Neurônios. Essas são as células que ajudam a determinar o pensamento, memória, emoção, fala, movimento muscular, sensação e quase tudo que o cérebro e a medula espinhal fazem. Eles são responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio interno e externo, possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas. Ao contrário de muitos outros tipos de células que podem crescer e se dividir para reparar os danos provocados por uma lesão ou uma doença, os neurônios param de fazê-lo cerca de um ano após o nascimento. Os neurônios não costumam formar tumores, mas muitas vezes são danificados por tumores que se iniciam nas proximidades.
     
  • Células gliais.  As células gliais são as chamadas células de suporte do cérebro. A maioria dos tumores cerebrais e da medula espinhal se desenvolve a partir das células gliais. Existem diferentes tipos de células gliais:
  1. Astrócitos. Estas células têm a função de sustentação e nutrição dos neurônios. Quando o cérebro está lesionado, os astrócitos formam o tecido de cicatrização para reparar o dano. Os principais tumores que se iniciam nestas células são os astrocitomas e glioblastomas.
  2. Oligodendrócitos. Essas células são responsáveis pela produção da bainha de mielina, uma substância gordurosa, que tem a função de isolante elétrico para os neurônios do SNC. Os tumores que se iniciam nestas células são chamados oligodendrogliomas.
  3. Células ependimárias. São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal, facilitando a movimentação do líquido cefalorraquidiano. Os tumores que se iniciam nestas células são chamados ependimomas.
  4. Micróglia. Essas células participam do processo de inflamação e reparação do SNC, que combatem as infecções. Elas fazem parte do sistema imunológico e não são verdadeiramente células gliais.
  • Células neuroectodérmicas. As células neuroectodérmicas são células primitivas, provavelmente remanescentes das células embrionárias, e encontradas em todo o cérebro. O tumor mais frequente dessas células é o meduloblastoma.
     
  • Meninges. As meninges são membranas de tecido conjuntivo que revestem e protegem o cérebro e a medula espinhal. Os tumores mais frequentes que começam nesses tecidos são os meningiomas.
     
  • Plexo coroide. O plexo coroide é a área do cérebro localizada dentro dos ventrículos que produz o líquido cefalorraquidiano (LCR) para nutrir e proteger o cérebro. Os tumores que começam nessa região são o papiloma do plexo coroide e o carcinoma do plexo coroide.
     
  • Glândula pituitária e hipotálamo. A hipófise é uma glândula localizada na base do cérebro. A hipófise é responsável por várias funções do organismo como crescimento, metabolismo, produção de corticoides naturais, menstruação e produção de óvulos, produção de espermatozoides e produção de leite nas mamas após o nascimento da criança. Ela também produz o hormônio do crescimento, que estimula o crescimento do corpo, e a vasopressina, que regula o balanço hídrico pelos rins. O crescimento de tumores próximos à glândula pituitária ou do hipotálamo, assim como a cirurgia ou radioterapia nessas áreas podem interferir nestas funções.
     
  • Glândula pineal. A glândula pineal não é exatamente uma parte do cérebro, na verdade é uma pequena glândula endócrina localizada entre os hemisférios cerebrais. A glândula pineal produz a melatonina, um hormônio que sincroniza os vários ritmos circadianos do organismo com o ciclo dia/noite. Os tumores mais frequentes da glândula pineal são os pineoblastomas.
     
  • Barreira hematoencefálica. A barreira sangue cérebro (barreira hematoencefálica) é uma estrutura que atua principalmente para proteger o sistema nervoso central de substâncias químicas presentes no sangue, permitindo ao mesmo tempo a função metabólica normal do cérebro. Infelizmente, essa barreira também impede a entrada dos medicamentos quimioterápicos usados para tratar células cancerígenas.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 20/06/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Este conteúdo ajudou você?

Avaliação do Portal

1. O conteúdo que acaba de ler esclareceu suas dúvidas?
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
2. De 1 a 5, qual a sua nota para o portal?
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
3. Com a relação a nossa linguagem:
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
4. Como você encontrou o nosso portal?
5. Ter o conteúdo da página com áudio ajudou você?
Esse site é protegido pelo reCAPTCHA e a política de privacidade e os termos de serviço do Google podem ser aplicados.
Multimídia

Acesse a galeria do TV Oncoguia e Biblioteca

Folhetos

Diferentes materiais educativos para download

Doações

Faça você também parte desta batalha

Cadastro

Mantenha-se conectado ao nosso trabalho