Transplante de células-tronco para neuroblastoma

O transplante de células-tronco é frequentemente realizado em crianças com neuroblastoma de alto risco nas quais não é provável a cura através de outros tratamentos.

A administração de altas doses de quimioterapia, e às vezes, radioterapia, poderia ser mais eficaz no tratamento desses cânceres, mas normalmente isso não pode ser feito porque provocaria danos importantes à medula óssea, onde novas células sanguíneas são produzidas, levando a uma escassez de células sanguíneas e ameaçando a vida da criança.

Os médicos, às vezes, conseguem contornar esse problema administrando tratamentos com altas doses e, em seguida, substituindo as células da medula óssea da criança, por novas células produtoras de sangue, as chamadas células-tronco. Isso é conhecido como transplante de células-tronco.

Antes do transplante de células-tronco, a criança geralmente recebe cerca de cinco meses de quimioterapia e, às vezes, é realizada a cirurgia para a retirada do tumor. Algumas crianças fazem dois transplantes de células-tronco com alguns meses de intervalo, denominados transplante de células-tronco sequencial Tandem.

Coleta das células-tronco antes do transplante

Para a maioria das crianças com neuroblastoma, as próprias células-tronco são coletadas e usadas para o transplante.

Para a preparação da coleta das células-tronco, os médicos administram o medicamento G-CSF (filgrastim), que estimula a medula óssea a produzir mais células-tronco e ajuda essas células a se moverem para a corrente sanguínea.

O G-CSF é geralmente administrado no final de um ciclo regular de quimioterapia diariamente. Assim que a taxa de leucócitos atinge um determinado nível, a dose de G-CSF é aumentada até que existam células-tronco suficientes para serem coletadas. Em seguida, as células-tronco são coletadas durante um processo denominado aférese. Essas células-tronco coletadas são então congeladas até o transplante.

Quimioterapia de altas dose X transplante de células-tronco

A criança recebe inicialmente a quimioterapia de altas doses, que destrói as células cancerígenas do corpo, bem como as células normais da medula óssea. Após a quimioterapia, as células-tronco congeladas são descongeladas e administradas como transfusão de sangue. As novas células-tronco injetadas viajam pela corrente sanguínea e se estabelecem na medula óssea da criança.

Normalmente, após algumas semanas, as células-tronco começam a produzir novos glóbulos brancos. Em seguida, começarão a produzir novos glóbulos vermelhos e plaquetas. Até que novas células sanguíneas sejam produzidas, a criança corre alto risco de infecção devido à baixa taxa de glóbulos brancos, bem como hemorragia devido a diminuição das plaquetas. Nesse período podem ser realizadas transfusões de sangue e plaquetas e tratamento com antibióticos para prevenir ou tratar infecções ou sangramento.

Possíveis efeitos colaterais

Os possíveis efeitos colaterais do transplante de medula óssea são geralmente divididos em:

   Efeitos colaterais a curto prazo

As complicações e efeitos colaterais são geralmente provocados ​​pela quimioterapia de alta dose e podem ser graves. Eles são o resultado de danos à medula óssea e outros tecidos do corpo de crescimento rápido, podendo incluir:

  • Aumento do risco de infecção, fadiga e hemorragia, devido a diminuição das taxas sanguíneas.
  • Náuseas e vômitos.
  • Perda de apetite.
  • Aftas.
  • Diarreia.
  • Perda de cabelo.
  • Problemas hepáticos.

Um dos efeitos mais frequentes e importantes é o risco de infecção grave. Antibióticos são, muitas vezes, administrados para tentar evitar isso. Outros efeitos colaterais, como diminuição dos glóbulos vermelhos e plaquetas, podem exigir transfusões de sangue ou outros tratamentos.

   Efeitos colaterais a longo prazo

Algumas complicações e efeitos colaterais podem durar mais tempo ou não ocorrer até meses ou anos após o transplante. Esses podem incluir:

  • Problemas cardíacos ou pulmonares.
  • Problemas na tireoide ou em outras glândulas.
  • Infertilidade.
  • Problemas ósseos ou de crescimento.
  • Desenvolvimento de outro câncer anos mais tarde, incluindo a leucemia.

Antes do transplante converse com o médico do seu filho sobre os possíveis efeitos colaterais a longo prazo do tratamento.

Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 28/04/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

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