Tratamento Baseado na Extensão do Osteosarcoma
O tratamento do osteossarcoma depende de vários fatores, incluindo extensão, localização, estadiamento e estado geral de saúde do paciente.
- Localizado e operável
Esses tumores não se disseminaram para outras partes do corpo e todo o tumor visível pode ser completamente removido cirurgicamente.
Alto grau. A maioria dos osteossarcomas é de alto grau, o que significa que pode crescer e se disseminar rapidamente se não for tratado. A sequência normal de tratamento para estes tumores é a seguinte: biópsia, quimioterapia (por umas 10 semanas), cirurgia e quimioterapia (por até um ano).
A quimioterapia é uma parte importante do tratamento para esses tipos de tumores. Mesmo quando os exames de imagem não mostram que a doença se disseminou para outras partes do corpo, alguns pacientes são susceptíveis de ter micrometástases.
Baixo grau. Uma pequena fração de osteossarcomas é de baixo grau, o que significa que tendem a crescer lentamente. Nessa classificação, os osteossarcomas ressecáveis geralmente podem ser curados apenas com cirurgia. Entretanto, se o patologista encontrar doença remanescente na amostra de tecido enviada para análise, a quimioterapia está indicada.
- Localizado e não operável
Esses tumores não se disseminaram para outras partes do corpo, mas não podem ser completamente removidos cirurgicamente, por serem muito grandes ou estarem localizados próximos a estruturas vitais do corpo. Assim como acontece com outros osteossarcomas, é necessária a realização de uma biopsia para confirmar o diagnóstico.
A quimioterapia é geralmente o primeiro tratamento indicado para esse tipo de tumor. Caso o tumor reduza seu tamanho é realizada a cirurgia, seguida de quimioterapia por até um ano.
Se o tumor é irressecável ainda após a quimioterapia, a radioterapia pode ser indicada para tentar manter o tumor sob controle e ajudar a aliviar os sintomas. Isso pode ser também seguido por quimioterapia.
- Tumor metastático
Esses tumores já se disseminaram para outras partes do corpo quando são diagnosticados. Na maioria das vezes eles se disseminaram para os pulmões. Assim como acontece com outros tipos de osteossarcomas é necessária a realização de uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
A quimioterapia é geralmente o primeiro tratamento indicado para esse tipo de tumor. Após a químio é realizada a cirurgia, seguida de quimioterapia por mais um ano.
Quando o tumor permanece irressecável após a quimioterapia, é recomendada a radioterapia para tentar mantê-lo sob controle e ajudar a aliviar os sintomas. Esse procedimento pode ser seguido por quimioterapia, em vez ou após a radioterapia.
As terapias-alvo como regorafenibe, sorafenibe ou cabozantinibe também podem ser uma opção de tratamento, embora mais pesquisas sejam necessárias para avaliar a eficácia desses medicamentos contra o osteossarcoma.
Como esses tumores podem ser difíceis de tratar, em muitos casos uma opção é a participação em estudos clínicos com tratamentos mais recentes.
- Recidiva
Recidiva significa que a doença voltou após o tratamento. A doença pode retornar localmente ou em órgãos distantes.
Se possível, a cirurgia para remoção do tumor é o tratamento indicado. Se o tumor recidivar no mesmo local de origem, no braço ou na perna, após a cirurgia salvadora de membros, a amputação do membro pode ser indicada.
Muitas vezes, a quimioterapia é usada para o tratamento de tumores recidivados. Se o tumor não for operável, a quimioterapia pode ser usada para reduzir seu tamanho permitindo a realização da cirurgia. Se o tumor for operável, a quimioterapia é administrada após a cirurgia. Para tumores avançados, a quimioterapia é administrada para aliviar os sintomas da doença. A radioterapia também pode ser indicada para bloquear o crescimento o tumor e aliviar os sintomas da doença.
Se o tumor ainda estiver em desenvolvimento, terapias-alvo como regorafenibe, sorafenibe ou cabozantinibe podem ser uma opção, embora mais pesquisas sejam necessárias para avaliar sua eficácia desses medicamentos no tratamento do osteossarcoma.
Como esses tumores podem ser difíceis de tratar, uma opção é a participação em estudos clínicos com tratamentos mais recentes.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 08/10/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.